quarta-feira, 20 de julho de 2016

COM MUITO CARINHO PARA TODOS OS MEUS AMIGOS

"Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância, digam não..." (Milton)



Dizem que os amigos são os irmãos que o coração escolheu ou que amigo é alguém com quem se pode pensar em voz alta. O que posso dizer sobre meus amigos? Tanta coisa que não caberia aqui. 

Sou uma pessoa privilegiada, pois tenho muitos amigos que são os irmãos do coração, com quem conto todas as horas, com quem divido os pensamentos, as alegrias e as tristezas. Tenho amigos sérios e brincalhões; outros que envelheceram antes do tempo ou ainda uns que esqueceram de envelhecer. 

Tenho amigos religiosos e ateus. De esquerda e de direita. Tenho amigas há mais de 50 anos e outros que acabei de conhecer. Tenho amigos que adoram música e outros nem tanto. Tenho amigos que gostam de jogos de tabuleiro, videogame ou RPG. E outros que detestam qualquer tipo de jogo. Tenho amigos que adoram serenatas e cantorias e outros que preferem apenas se encontrar para conversar.

Parece impossível de se acreditar, mas tenho amigos que não gostam de Chico Buarque ou dos Beatles. Fazer o que?

Tenho três amigas muito especiais que, mais do que filhas, são minhas grandes amigas.

Seja cantando e curtindo serenatas, jogos, política ou atividades relacionadas à religião, seja para coisas sérias ou brincadeiras, para comemorações ou superações, meus amigos são todos maravilhosos e queridos, apesar de todas as diferenças. Afinal o que seria do azul se todos gostassem do amarelo? 

Uma vez, uma de minhas amigas muito querida, Teca Poças, me deu esse texto que eu coloco abaixo e que, para mim, define como devem ser os amigos.

Loucos e Santos 

 Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. 

 A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. 

 Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. 

 Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. 

 Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. 

 Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. 

 Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.

 Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.

(Autor desconhecido)