domingo, 21 de junho de 2020

O TEMPO PASSOU NA JANELA E A GENTE NEM VIU.. DEZ ANOS DEPOIS



Há dez anos escrevi esse texto para comemorar os 30 anos de quando me tornei mãe com a chegada de Rossana.

Era um dia chuvoso de junho, como o eram antigamente quase todos. O São João se aproximava e uma pessoinha muito esperada teimava em não querer chegar. O prazo era até o dia 23. Se não resolvesse vir por livre vontade, viria pela livre pressão.

E, ao amanhecer do dia 20, a pessoinha que ainda não sabíamos quem seria exatamente, resolveu que estava na hora de chegar. Ultrassonografia ainda não era muito usada. Naquela época, início dos anos 1980, existia uma corrente que dizia que fazia mal ao bebê e que só deveria ser feita em último caso. Vejam vocês! Então ainda não sabíamos quem estava para chegar. Embora, secretamente, eu torcesse por uma menininha. E foi naquela manhã que a pessoinha começou se mexer e a dar sinais de que estava chegando.

Foi um dia bastante agitado, carregado de ansiedade. O O meu pai estava viajando , Sérgio quase indo para caruaru. Não era pro forró não. Era para trabalhar mesmo.
Conseguimos falar com ele, de passagem em uma agência de publicidade, encostando um telefone no outro. Naquela época não havia celular. Tempos pós-jurássicos.

Mala pronta, tudo organizado, vamos para a maternidade João XX 23, novinha em folha, quartos espaçosos, perto de casa. Mas, situada em rua que, à época,  não era calçada.

Imaginem a rua Estado de Israel, na Ilha do Leite, hoje cheia de prédios, ser, naquela época, sem calçamento, toda esburacada. E o que é que não poderia acontecer e aconteceu? O carro atolou. Não preciso dizer a aflição da minha mãe e da minha irmã. Beirando o curto-circuito. E eu, prestes a entrar em uma sala de parto pela primeira vez, apenas ria e falava que, no máximo, eu ia por os pés na lama. Era só lavar quando chegasse no quarto.

O pai, aflito, conseguiu uns bons e solidários rapazes, que estavam em um botequinho ali perto e o carro foi empurrado para fora do atoleiro.

Mas, nem diante de tal aventura, a pessoinha se apressou em sair. Dava umas esticadas, umas viradas aqui e ali e nada.

Depois de soro de indução e 24 horas desde que o primeiro sinal apareceu, a médica, Drª Inês, um doce de pessoa, resolveu partir para a cesariana.

Na maternidade, os amigos e parentes se acotovelavam e faziam apostas para ver a que horas nasceria, qual o sexo e coisas do tipo. Era uma animação só do lado de fora do quarto. E eu lá dentro, mordendo o travesseiro a cada contração. Mas feliz, por ter meu povo por perto.

E, finalmente, à uma e vinte e cinco da manhã ela chegou, gloriosa, reclamando seu lugar no mundo. Vermelha como um tomate (talvez por isso goste tanto deles), de farta cabeleira preta e espetada. Quando a olhei pela primeira vez, perguntei se não teriam trocado o meu bebê. Não, não tinham trocado. Mas convenhamos: tendo pai e mãe de pele, olhos e cabelos claros não era lá muito natural a filha ser morena não é mesmo?

" E você chegou tão linda, eu não cantei em vão, bem vinda no meu coração".
 Era como um presente de Deus, segurar aquela pessoinha nos braços.

40 anos se passaram. Mas realmente, mesmo sendo lugar comum, ouso dizer que parece que foi ontem. Parece que ainda ontem eu a embalava em meus braços ao som de valsinha, João e Maria, Acalanto e Minha História. Embalava a todas assim. Será que é por isso que elas gostam tanto de Chico?

Fecho os olhos e lembro de nossa casa em Natal, da plantação de tomates no pequeno quintal, dos banhos de mangueira enquanto aguávamos o também pequeno jardim e os balanços à noitinha na rede do terraço, enquanto esperávamos papai chegar do trabalho.

E desde aquela madrugada do amanhecer do dia 21 de junho de 1980, nunca passamos esse dia separada. Sempre tinha o "tradicional" café na cama, as faixas na parede, os cartões e os presentes, sempre surpresa. Como sempre teve para todas três.

Hoje, não vou poder levar o seu café na cama, nem colar faixas na parede. Seu presente, compramos pela internet e você vai receber em sua casa... so far far away.
Hoje, como nos últimos dez anos, a minha menininha está longe, muito longe. Realizando o seu sonho. Construindo o seu futuro. Traçando seu próprio caminho no mundo.
Sonhamos estar hoje aí com você. Chegamos a fazer planos. Mas veio a pandemia e jogou tudo para o alto.

"As minhas meninas pra onde é que elas vão... se já saem sozinhas as notas da minha canção. Vão as minhas meninas levando destinos Tão iluminados de sim,  passam por mim e embaraçam as linhas da minha mão ... as minhas meninas do meu coração..."

Acho que, depois de 30 anos, o cordão umbilical foi definitivamente cortado. Hoje o cordão não passa de uma doce e distante lembrança. O mundo é o seu limite. Como dizem as músicas de Geraldo Vandré: "É só saber querer pra poder chegar" e "quem sabe faz a hora não espera acontecer".

Você soube e sabe fazer a sua hora e, sobretudo, sabe fazer acontecer os seus sonhos. Foi isso que sempre lhe ensinamos. Porque é nisso que acreditamos.
Ver a mulher maravilhosa que você se tornou me enche de alegria e orgulho. Um orgulho recheado de muita saudade.

Hoje é o seu dia. Aproveite-o de forma plena. Curta cada instante. De hoje e de sempre.

Ficamos aqui, pensando em você, comemorando em pensamento com você: idade nova, vida nova, felicidade nova.

Que a sua vida seja sempre plena de emoção, carinho, solidariedade, fraternidade e muito muito amor.

Que você nunca deixe de sonhar e que, a cada sonho realizado, novos sonhos surjam para você correr a trás. Sonhe sempre, sonhe muito, corra atrás.

Obrigada por ter chegado para tornar a minha vida mais feliz.

Te amo muito. Sinto muito a sua falta. A saudade sempre piora em dia de aniversário e hoje está doendo muito em mim....


FELIZ IDADE RÓ!





Com todo o carinho e amor.

Ad don't forget:

Tomorrou an after, you tell me what am i to do,
a stand here, believing, That in the dark there is a clue
I hear your hopes, I feel your dreams

 






quarta-feira, 2 de agosto de 2017

DESVENTURAS FORA DE SÉRIE 19 - LG: LIFE’S GOOD? OU: O MISTÉRIO DA TV QUE PERDEU O RUMO




Viver no Brasil é realmente uma desventura que, na verdade, nem se pode mais dizer que é fora de série, de tão corriqueiro que o desrespeito está se tornando a cada dia.. Temos que lutar todos os dias pelos nossos direitos, inclusive de consumidor, mesmo com um código que, supostamente, nos protege das arbitrariedades dos fabricantes, comerciantes e produtores de serviços.

Já tive várias experiências dessas árduas batalhas por meus direitos e, as que venci, foi  pela persistência e não pelo pronto atendimento aos meus direitos.

A mais recente batalha que ainda estou travando é com a LG- Life’s Good (lg.com.br). Bem, a vida pode ser boa para os sócios, quem sabe até para os funcionários. Mas, com certeza, não é tão boa assim para quem compra os produtos da LG .

Compramos, em novembro de 2016, uma televisão LG para minha mãe, quando a dela quebrou e não teve mais conserto. Foram aparecendo, pouco a pouco, linhas vermelhas na tela, até que tomaram metade da visão. Depois de muita pesquisa de preço e de modelos, a compra foi efetuada pela internet e chegou nenhum problema, antes do prazo previsto e funcionando normalmente.

Em maio uma desagradável surpresa: apareceu uma daquelas linhas vermelha na tela. O defeito que a Tv antiga levou uns seis a sete anos para apresentar, a nova apresentou em menos de seis meses. Levamos a Tv para a assistência técnica indicada no site da LG. Uma semana depois recebemos a notícia que a TV não tinha conserto e que a LG enviaria uma nova, o que também foi informado pela própria LG através de SMS. Isso era o início de junho.


Entrei em contato com a LG e foi confirmado que em 20 dias a nova Tv estaria chegando ao endereço da minha mãe. Isso daria em torno do dia 27 de junho. O tempo passou e a Tv não chegou. No início de julho voltei a entrar em contato com a LG e, para minha surpresa, a data de entrega informada foi até 16 de junho e eles não sabiam dizer o que havia acontecido. Informação que recebemos: “a coordenação do suporte irá ser notificada, entrará  em contato com a transportadora e que ligássemos dali a cinco dias para saber uma posição”. Achei estranho um contato entre o suporte da LG e a transportadora que presta serviços para ela levar cinco dias. Liguei três dias depois. E, como se fosse uma gravação, sem ser,  foi dito a mesma coisa, além da observação que eu havia ligado três dias antes e que eles estavam no prazo para a resposta. 

Ironizando o fato perguntei por que em lugar de escrever uma carta para a transportadora não usavam o telefone? A LG ainda não havia descoberto o e-mail? O Whatszap ou telegram? Porque não entendi por que esse contata levaria cinco dias em plena era da comunicação. A pessoa que atendeu disse apenas que o prazo era aquele e que não podia fazer nada. E ainda completou dizendo que eu precisava entender que a Tv estava sendo mandada de outra cidade. Ao que respondi: “Isso eu entendo perfeitamente, uma vez que, na minha cidade não tem fábrica da LG. O que realmente não entendo é esse prazo para uma coisa tão simples quanto entrar em contato para saber onde anda a Tv”.

O tempo foi passando. E essa resposta da coordenação entrar em contato com a transportadora foi dada mais algumas vezes. Até que, há uns dez dias a resposta mudou: a Tv estava retida na SEFAZ, por causa da Nota Fiscal que estava errada. Eles iam resolver e deram a opção de reembolsar o dinheiro ou aguardar de dez a quinze dias úteis. Fiz a conta errada e liguei no nono dia, o que foi imediatamente mencionado pela pessoa do suporte. Dessa vez disseram que já haviam substituído a nota e o prazo continuava de dez a quinze dias úteis.

Ontem, sabe-se lá que dia útil exatamente seria, décimo segundo talvez, a minha mãe, que tem 89 anos, resolveu ela mesma ligar. Disseram que já pagaram a multa (??) e que não podiam fazer nada quanto ao prazo. Quando minha mãe perguntou qual era a SEFAZ que a TV estava retida informarem que era do aeroporto. Mas não disse em qual aeroporto. “Todo aeroporto tem uma  SEFAZ senhora”, foi a resposta.

Interessante é que, anteriormente, em uma das vezes que liguei e ainda não sabiam informar o que havia ocorrido, pedi que me dessem o número do código de rastreamento e a resposta foi: “senhora, código de rastreamento só existe para encomendas enviadas via correio. O aparelho de Tv é muito grande para ir por avião. Foi enviado por terra, então não tem código de rastreamento”. Como  então foi parar na SEFAZ de um aeroporto?





Vocês devem estar se perguntando por que não aceitamos logo o reembolso. Por um motivo muito simples: a Tv foi comprada em novembro, em uma promoção, tanto no valor dela quanto do frete. Provavelmente o que pagamos em novembro não daria para comprar uma Tv igual agora.  Teríamos que recomeçar todo o processo de pesquisa de preços, loja por loja, site por site, ou seja,  ter todo o trabalho de novo por causa de um problema que não causamos e que, aparentemente, a Life’s Good não está muito empenhada em resolver, mesmo em se tratando de uma cliente de 89 anos. Mas quem disse que no Brasil a idade avançada merece respeito?

Enfim, hoje é 02 de agosto, setenta dias “inúteis” se passaram desde que a Tv foi entregue na assistência técnica e, nem temos uma explicação que seja realmente esclarecedora  ou uma informação precisa quanto ao real prazo de entrega de uma Tv que foi despachada por uma transportadora, por terra e, curiosamente, está retida na SEFAZ de algum aeroporto, entre sei lá onde fica a fábrica de Tvs da Vida é Boa  e a casa da minha mãe. 


A Vida é Boa? Com certeza. Mas, por ironia, não para quem compra um produto LG. 

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

DESVENTURAS FOR A DE SÉRIE - 18

DE COMO CONVERSAR E ACESSAR BANCO NÃO COMBINA OU A SAGA DO DESBLOQUEIO DE UMA SENHA



Sabe aqueles dias em que o universo parece conspirar contra você? Pois é, ontem parece ter sido um desses dias. Na verdade tudo começou na noite de terça-feira quando fui fazer um pagamento para minha mãe e digitei a minha senha em lugar da dela, em sua conta. E, por três vezes apareceu a mensagem dizendo que a senha ou a conta estavam erradas e eu insisti na minha senha até que consegui bloquear a senha da conta da minha mãe.

Claro que fiquei aperreada, mas como o vencimento era 7, eu poderia pagar no dia 8, sem problema, devido ao feriado. Ontem pela manhã, fui a um caixa eletrônico do banco tentar desbloquear a senha e, depois de fornecer todas as informações pedidas, uma surpresa desagradável: uma mensagem manda colocar a digital. Claro que eu não podia colocar a digital né? Saí de lá mais agoniada ainda por não ter conseguido resolver.

Na casa da minha mãe soube de duas coisas: primeiro que ela nunca cadastrou a digital e, segundo, que eu poderia ter procurado outro caixa que não utilizasse biometria e usar a senha. Hunf hunf... carinha de contrariada por não saber dessas informações.

Na volta fui de novo ao caixa eletrônico e saí desbloqueando todas as senhas que estavam bloqueadas. Claro que desbloqueei tudo, menos a da internet. Ao chegar em casa pude ver isso, com mais surpresa ainda.
Hoje, dia 8, fui novamente a uma agência do banco e, desta vez, disposta a resolver o pagamento de qualquer forma, conseguindo ou não desbloquear a tal senha.


A primeira coisa que observei foi que, dos dez ou doze caixas eletrônicos, apenas 4 estavam livres. Maravilha. Só que estavam livre por um pequeno detalhe: não estavam funcionando. Beleza, vamos à fila. Pequena. Mas, uma fila.

Primeiro tentei pagar através da conta da minha mãe. Descobri, alegremente, que a senha do cartão não estava mais bloqueada. UHUUU. Mas, depois de preencher todas as informações , colocar senha, nome de pai, de mãe, etc etc, aparece a mensagem: o valor do documento excede o limite diário deste canal. Ok.

Então vamos fazer o seguinte, transfiro o dinheiro para a minha conta e pago através dela. Beleza. Já fiz isso outras vezes. Quando vou fazer a transferência do dinheiro, novamente aparece uma “simpática” mensagem: esse valor excede o limite permitido nesse canal.

Ok, sem problema. Tenho mesmo a manhã inteira para fazer isso. Esqueci de mencionar que, graças à VIVO, fiquei sem internet e telefone fixo. E tudo que consegui foi ouvir instruções repetitivas que não resolveram o problema. Mas, voltemos ao foca. Saio da conta da minha mãe, entro na minha e vou realizar o pagamento, para, pelo menos, resolver uma parte do problema. Daí faço todo o procedimento, blá blá, blá e o que acontece? Tenho certeza que você já adivinhou: o valor excede o limite ... patati patatá. E daí fiquei sabendo, a duras penas, que os limites de pagamento e transferência são diferentes para cada canal. Ou seja, se você paga normalmente na internet, não quer dizer que possa pagar no caixa eletrônico. E, como nunca uso caixa eletrônico para nada, não sabia disso. Mais uma informação desagradável. Mas, chateação também é cultura. Né?

Ok, você venceu! Mas não pegue batata frita. Não merece. E aí saio da minha conta, volta à conta de minha mãe, transfiro para a minha o que o limite permite e vou desbloquear a tal da famigerada senha da internet, de novo. Ao final da operação aparece uma mensagem dizendo que foi um sucesso e que a senha da internet está desbloqueada. Beleza.

Volto pra casa, ansiosa por efetuar o pagamento e testar se realmente a senha estava liberada. Sim porque a gerente disse a minha mãe que se eu não conseguisse desbloquear no caixa eletrônica a miha mãe, de 88 anos e com dificuldade de locomoção teria que ir pessoalmente ao banco. Isso porque a procuração por tempo indeterminada que minha mãe passou para a minha irmã no cartório, o banco só vale por dois anos. Vá entender o que significa tempo indeterminado para o banco.

Enfim, chego em casa, ligo o computador, abro o site do banco e... aparece a mensagem: sem conexão com a internet. Claro, ainda não voltou a bendita internet. Ok. Mas ainda bem que o meu celular não é da Vivo e sim da TIM e a 3G funciona direitinho. Uso o celular como ponto portátil, gastando meu limite para quando estivesse fora de casa, mas enfim, consigo efetuar o pagamento e em seguida, constato que, finalmente, consegui desbloquear a senha e a minha mãe não terá que se deslocar até o banco para resolver uma coisa que deveria ser tão simples quanto desbloquear uma senha.

E, entre mortos e feridos, escaparam todos. Menos a internet que, apesar de ser da Vivo, continua completamente morta. E, para postar esse texto no meu blog, vou ter que esperar a internet voltar. O que, com certeza, só acontecerá amanhã. Fazer o que?


quarta-feira, 20 de julho de 2016

COM MUITO CARINHO PARA TODOS OS MEUS AMIGOS

"Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância, digam não..." (Milton)



Dizem que os amigos são os irmãos que o coração escolheu ou que amigo é alguém com quem se pode pensar em voz alta. O que posso dizer sobre meus amigos? Tanta coisa que não caberia aqui. 

Sou uma pessoa privilegiada, pois tenho muitos amigos que são os irmãos do coração, com quem conto todas as horas, com quem divido os pensamentos, as alegrias e as tristezas. Tenho amigos sérios e brincalhões; outros que envelheceram antes do tempo ou ainda uns que esqueceram de envelhecer. 

Tenho amigos religiosos e ateus. De esquerda e de direita. Tenho amigas há mais de 50 anos e outros que acabei de conhecer. Tenho amigos que adoram música e outros nem tanto. Tenho amigos que gostam de jogos de tabuleiro, videogame ou RPG. E outros que detestam qualquer tipo de jogo. Tenho amigos que adoram serenatas e cantorias e outros que preferem apenas se encontrar para conversar.

Parece impossível de se acreditar, mas tenho amigos que não gostam de Chico Buarque ou dos Beatles. Fazer o que?

Tenho três amigas muito especiais que, mais do que filhas, são minhas grandes amigas.

Seja cantando e curtindo serenatas, jogos, política ou atividades relacionadas à religião, seja para coisas sérias ou brincadeiras, para comemorações ou superações, meus amigos são todos maravilhosos e queridos, apesar de todas as diferenças. Afinal o que seria do azul se todos gostassem do amarelo? 

Uma vez, uma de minhas amigas muito querida, Teca Poças, me deu esse texto que eu coloco abaixo e que, para mim, define como devem ser os amigos.

Loucos e Santos 

 Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. 

 A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. 

 Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. 

 Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. 

 Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. 

 Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. 

 Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.

 Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.

(Autor desconhecido)

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

E ELAS CRESCEM ...


 A vida é assim, as coisas vão acontecendo e, no que lhe parece a passagem de um segundo, passaram-se anos.

Um dia desses eu estava levando Rossana pela primeira à escola, depois de ter protelado esse momento por três anos e oito meses. 
Isso mesmo. E lá estava ela, agarrada a mim, chorando, sem querer ficar na escola, que, por sinal, ficava a um quarteirão de distância. 

Foram dias de sofrimento, pra ela, que não queria ficar de jeito nenhum e, pra mim, que não queria deixá-la.

Fui pra escola com seis anos, por que ela precisava ir tão pequenininha? Tempos modernos, eu suponho. Depois de muito sofrimento, choro e desolação, aos poucos, ela foi se acostumando e, por fim, ficando sem desespero. Pelo menos da parte dela. Da minha, era um sofrimento sem fim.

Com Andrea já foi diferente. Apesar de extremamente grudada em mim, ao ponto de eu a chamar de “chicletinho”, foi ela quem pediu para ir para a escola. Toda vez que íamos deixar Rossana, ela queria ficar. E, foi assim que, com dois anos e cinco meses, ela entrou na mesma escolinha de Rossana, a maravilhosa Jardim Escola, e ficou sem problemas. Eu é que voltava pra casa arrasada, sozinha, sem as minhas duas filhas.

Com Carol, a caçula, foi um meio termo. Na Escola Parque, à época, havia deixado de ter o pré-escolar. E ela foi estudar na Casa Quintal, das filhas de Doza, uma das donas da Parque e pessoa muito querida. Aliás, como todos na Parque são muito queridos.

Embora, nos primeiros dias, Carol tenha ficado um pouco retraída e chorosa, contei com o total apoio das meninas do jardim 3, que a adotaram e entretinham ela de todas as formas para que ela ficasse bem. Essa força ajudou bastante. Isso e o fato da escola ser maravilhosa também e as diretoras e professoras serem muito especiais.

O tempo passou, elas cresceram, as duas mais velhas foram morar longe e, há um ano e meio, chegou mais uma senhorita para a família, a minha neta Victoria.

E, hoje, foi a vez dela começar a ir para a creche, dando início a um novo ciclo na vida de Andrea e Thomas e, por tabela, também na minha.

Talvez muitos achem bobagem essa história de sofrimento porque os filhos vão para a creche ou escola. Eu não acho. Vivi isso três vezes e estou vivendo mais uma vez. É aquele sentimento de preocupação ao imaginar gente cuida com tanto amor, com tanto carinho e agora elas irão ser cuidadas por pessoas estranhas, longe de nossos olhos.
Se morássemos na mesma cidade eu cuidaria dela até ficar maior, para a mãe voltar a trabalhar. Mas, infelizmente, mais de 8000 quilômetros nos separam e não tem outro jeito, a não ser ir mesmo para a creche.

Sei que será uma boa experiência, que ela vai aprender coisas que em casa seria mais difícil como brincar com outras crianças, dividir os brinquedos e coisas assim.

Só espero que as pessoas que trabalham na creche gostem do que fazem e gostem de crianças. Que sejam pacientes, gentis e amáveis. Que saiba tratar esses pequenos seres como eles devem ser tratados: com respeito, dignidade e amor.

Tomara minha querida Victoria que a creche seja maravilhosa e que deixe boas lembranças em sua cabecinha, ainda tão pequenina e cheia de interrogações.


Boa sorte minha pequena Victoria. Que a creche consiga ser um segundo lar para você. Não vejo a hora de você começar a contar como foi o seu dia, cheia de entusiasmo e de alegria.

domingo, 26 de julho de 2015

DE REPENTE AVÓS


De repente os filhos crescem se tornam independentes e não precisam mais da gente para levar na escola ou na casa dos amigos. Escolhem suas próprias roupas, seus cursos, seus amores. E a gente passa de responsável por suas vidas a espectadores e, com alegria, consultores. Digo com alegria porque filhos independentes são o coroar da missão de pais. Mas não simplesmente independentes, mas também responsáveis, com princípios sólidos e sábias decisões. Mas, vamos combinar que, uma consultoria aqui e outra ali faz bem para o ego dos pais.

Daí eles vão construindo suas vidas e nós, os pais, vamos transferindo os cuidados para os mais novos. Até que eles  crescem e começam também a cuidar de suas próprias vidas. E a gente fica assim, como diz o ditado, com as mãos abanando, sentido falta daquela movimentação própria de casa que tem criança, de pessoinhas dependendo da gente para comer, ir ao banheiro, trocar de roupa ... 

E, de repente, a gente ganha um presente e a casa volta a se encher de brinquedos, gritinhos, choros, risinhos e muita, muita alegria e a gente se vê, novamente, sentindo a ternura e a alegria de segurar os braços um bebê. É a hora dos netos chegarem e povoarem de carinho, abraços e alegrias, a nossa vida.

São diversas as fases pelas quais passamos na vida e, agora, vivo, com a imensa felicidade, a fase de ser avó.  E como é bom repartir com os amigos essa alegria, conversar sobre os netos, contar as gracinhas, mostrar as fotos. Ou trocar mensagens pelo dia dos Avós pelo whatsApp. Hoje recebi várias mensagens lindas de minhas amigas. Sim, somos avós modernas e os comunicamos pelas mídias sociais.

Uma das mensagens que recebi, foi um belo texto de Rachel de Queiros que termina assim: "E quando você vai embalar o menino e ele, tonto de sono abre o olho e diz: "Vó!" seu coração estala de felicidade, como pão no forno!"

Como falei, sou uma avó moderna e, foi pelo Skype que ouvi, pela primeira vez, a minha neta me chamar de VOVÓ. Foi uma emoção tão grande e emocionante que não saberia descrever. E, cada vez que ela fala VOVÓ é sempre muito gostoso de ouvir. 

                                 Não posso ver a minha neta todos os dias pessoalmente. Infelizmente ela mora muito longe. Mas nos falamos no Skype e, através dele, das fotos e dos vídeos, vou acompanhando seu crescimento, nos intervalos entre um encontro ao vivo e outro.

Agradeço a minha filha e ao meu genro esse presente especial e maravilhoso que é a minha neta em minha vida. Dizem que neto é filho com açúcar e coisas assim. Neto é tudo e muito mais.

Feliz Dia dos Avós para todos os meus amigos e todas as minhas amigas que desfrutam dessa fase maravilhosa da vida e que curtem cada momento, cada novidade de seus e netas. Gostaria de enumerá-los todos, mas corro o risco de ser injusta e esquecer de alguém.

Então, para cada um de nós, avós corujas, babões e deslumbrados, um Feliz Dia.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

FELIZ DIA DO AMIGO

Homenagem a todos os meus amigos que guardo do lado esquerdo do peito, debaixo de sete chaves:

AMIGO É CASA

Capiba e Hermínio Bello de Carvalho
 
Amigo é feito casa que se faz aos poucos
e com paciência pra durar pra sempre
Mas é preciso ter muito tijolo e terra
preparar reboco, construir tramelas
Usar a sapiência de um João-de-barro
que constrói com arte a sua residência
há que o alicerce seja muito resistente
que às chuvas e aos ventos possa então a proteger
E há que fincar muito jequitibá
e vigas de jatobá
e adubar o jardim e plantar muita flor toiceiras de resedás
não falte um caramanchão pros tempos idos lembrar
que os cabelos brancos vão surgindo
Que nem mato na roceira
que mal dá pra capinar
e há que ver os pés de manacá
cheínhos de sabiás
sabendo que os rouxinóis vão trazer arrebóis
choro de imaginar!
pra festa da cumieira não faltem os violões!
muito milho ardendo na fogueira
e quentão farto em gengibre
aquecendo os corações
A casa é amizade construída aos poucos
e que a gente quer com beira e tribeira
Com gelosia feita de matéria rara
e altas platibandas, com portão bem largo
que é pra se entrar sorrindo
nas horas incertas
sem fazer alarde, sem causar transtorno
Amigo que é amigo quando quer estar presente
faz-se quase transparente sem deixar-se perceber
Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar,
se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
e oferece lugar pra dormir e comer
Amigo que é amigo não puxa tapete
oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem
quando não tem, finge que tem,

faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão.


quarta-feira, 1 de julho de 2015

DESVENTURAS FORA DE SÉRIE – EPISÓDIO 16

Já faz um bom tempo que não volto a contar as desventuras das meninas nas terras geladas.  E, aqui estou eu outra vez. Só que dessa desventura, participaram as duas meninas, eu, o pai e o mais novo membro da família, a pequenina das terras geladas. Só não estava nas terras geladas a  minha caçulinha que ficou nas terras quentes brasileiras.

Pois muito bem.  Ao nos prepararmos para a viagem, perguntamos sobre que roupas levar e tal, nos disseram que iríamos pegar um clima muito bom, porque estava no final da primavera e o verão já estava chegando. Então me preparei para um clima gostoso, e muitos passeios ao sol.

No dia que chegamos, fomos recebidos por 17 graus maravilhosos, um sol bonito e uma primavera anunciada por belas flores e árvores repletas de verde.

E foi a última vez que sentimos esses 17 graus ao vivo. O sol, em todo o seu esplendor,  aparecia, tenho que admitir. Normalmente por volta das seis da noite, depois de ter caído muita chuva durante todo o dia. Daí ele clareava tudo e ficava assim, até perto da meia-noite. 
20:35. E o sol firme


Depois ele se recolhia. Mas não totalmente, deixando um rastro de luz que esmaecia um pouco, lá pela uma hora da manhã até umas duas, duas e meia, quando já voltava a ficar claro, como se fosse seis da manhã por aqui.

Mas, mesmo com toda chuva e os 5º graus que fazia praticamente todos os dias e do vento que entrava pelas roupas e congelava até os pensamentos, nós saíamos para turistas. Afinal, a menina da América do Norte e o pai das meninas não conheciam a cidade.

E  assim, em uma manhã chuvosa fomos todos a um restaurante que fica em uma torre, de onde podemos ver toda a cidade e os fiordes. 




Sentamos no andar que gira, uma facilidade para vermos tudo sem nos levantarmos.  Todos colocamos os casacos em uma das cadeiras e curtimos o nosso almoço e a bela vista. 

Na hora de ir embora, já quase na hora do ônibus passar, começamos a vestir nossos casacos, luvas, toucas, nos apressando para não perder o ônibus, a menina da América não consegue achar o casaco. Todos saímos andando pelo restaurante, procurando o tal casaco e nada. Falamos com um dos garçons, ele se prontifica a ajudar, mas se entretém com umas pessoas que pediram para ele tirar fotos delas e ficamos esperando uma resposta. Quando ele finalmente volta e diz que não encontrou nada, pedimos, gentilmente, para ele perguntar no balcão se alguém não teria achado o casaco e entregue lá. E, para nossa surpresa, lá volta ele com o casaco nas mãos. A menina do país gentil havia colocado o casaco na parte que fica fixa. Então, enquanto nós girávamos, o casaco ia se afastando, se afastando, se afastando... até que alguém achou e entrego no balcão.


Foi um sufoco, ainda mais porque corremos para a parada do ônibus e, ao chegar lá, não tínhamos certeza se era realmente aquela. 


Mas, no final, deu tudo certo e todos voltamos para casa devidamente agasalhados, apesar da chuva. Foi uma tarde agoniada, mas muito gostosa.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

MINHA PRINCESA FAZ UM ANO

Minha querida princesinha Victoria

Hoje você completa seu primeiro aninho. Há um ano, quando seu papai nos avisou que você estava chegando, ficamos aqui, na torcida, para que tudo corresse bem, para você e sua mamãe.

Apesar de não podermos estar sempre perto fisicamente, nossos corações estão permanentemente juntos, curtindo cada momento, cada novidade, cada descoberta, ainda que via internet, por fotos ou vídeos. E viva a tecnologia.

Minha querida princesa desejo a você todas as alegrias do mundo. Que você descubra o valor de sonhar sempre e de ir em busca dos seus sonhos.

Que vida lhe seja generosa, lhe trazendo muito amor e muito carinho, sempre.

Que ao crescer você carregue sempre a criança que você é agora, para que, dessa forma, a vida lhe seja mais leve, mais alegre e mais fácil de viver.

Não deixe que mudem a cor do cavalinho azul, que apaguem o fogo dos dragões, que cortem as asas das fadas. Carregue-os sempre em seu coração e, assim, seu coração será sempre grande o suficiente para abrigar a inocência, o sonho e a realidade, sem que ela lhe pese.

Brinque bastante e não esqueça jamais como é bom se divertir.

Sorria sempre, por qualquer motivo, para qualquer pessoa. O sorriso é sempre um instrumento poderoso para desmanchar caras feias, alegrar corações partidos e renovar a nossa alma.

E ame sempre e muito, a família, os amigos, os amores futuros. E nunca esqueça que o tamanho de Victoria será sempre o tamanho de nosso amor por você.

Com todo o meu amor


Vovó

sábado, 6 de setembro de 2014

A ALEGRIA DE SER

O ano era 1980. A data, 21 de junho. O acontecimento? A chegada de um bebê. Não de um bebê qualquer. Mas do meu primeiro bebê.

Querendo parto normal, esperava ansiosamente para entrar em trabalho de parto e nada. Talvez por não querer deixar o aconchego em que se encontrava, meu bebê só resolveu chegar nos dias finais do prazo previsto. Talvez não quisesse perder o São João, então resolveu chegar. Naquela época ultrassonografia ainda não era item obrigatório no pré-natal, então resolvi não fazer e esperar pela surpresa, se seria menino ou menina.

Tudo estava organizado. Quartinho arrumado. Mala pronta. Só aguardando a hora.
Depois de quase um dia na maternidade,  ela chegou nas primeiras horas da manhã de um sábado, cabeludo, rechonchuda e muito vermelha. A emoção de segurar um filho nos braços, pela primeira vez, não tem discrição, não tem palavras, não tem comparação. Cada filho que seguramos pela primeira vez é uma experiência ímpar, inigualável, comparada apenas à emoção de segurar a neta, pela primeira vez.

A hora de conhecer aquela pessoinha que chutava nossa barriga e se virava o tempo todo procurando um lugar mais confortável finalmente chega. E é um momento é mágico.

Quatro anos depois a experiência se repete. Há exatos trinta anos, em uma quinta-feira, começo de feriadão, entrando no oitavo mês de gravidez, logo de manhã cedo percebi que algo estava diferente.

Era uma quinta-feira, véspera de feriado, dia de sol, como eram os dias de setembro antigamente. Feriadão à vista, meus planos eram pegar Rossana na escola e descansar no feriado. Entrando no oitavo mês de gravidez, no início da semana iria começar os preparativos para a chegada da mais nova integrante da família, prevista para a partir do dia 29 de setembro.

Minha médica havia tirado férias no começo do mês para estar aqui quando a hora do parto chegasse. Tudo corria dentro do esperado. Até que alguém, com pressa de conhecer logo a sua família, resolveu se antecipar e chegar de surpresa, um mês antes do previsto.
E bota surpresa nisso. As roupinhas ainda não estavam organizadas, nem o quarto, nem nada, para falar a verdade. Foi uma correria só.

Mas deu tudo certo conseguimos arrumar tudo, eu e a família e à noite, estávamos prontos para a sua chegada.

E assim você chegou Dea, de repente, de surpresa e veio para iluminar ainda mais a nossa vida. Miudinha, pouquinho cabelo  e muito linda, você chegou pra tornar a nossa família ainda mais feliz.


Hoje, trinta anos depois, relembro aqueles momentos, a correria para arrumar tudo, a insegurança por minha médica estar fora, a ida para o hospital, e depois apenas a alegria de segurar você em meus braços. A alegria de ver minhas duas filhinhas juntas. A imensa alegria de ser novamente mãe. Alegria que voltei a ter, oito anos depois com a chegada de Carol, oito anos depois.

Ninguém esperava mais por gente nova na família. E aí, ela resolveu que queria fazer parte dessa família e sinalizou que estava vindo. Quando a gente está mais madura, fica um pouco apreensiva em estar grávida, em ter mais um filho. Confesso que no começo essas coisas me ocorreram. Uma conversa com duas amigas que tiveram filhos nessas circunstâncias e o bem que fez a elas, me acalmou e fez com que a preocupação desse lugar a alegria de ser mãe outra vez. Hoje não consigo imaginar nossa vida sem ela.

Como a turma por aqui gosta de nascer perto de feriado, com Carol não poderia ser diferente. Ela chegou no dia 14 de julho, cheia de saúde, pouco cabelo e muita fofura, apesar de miudinha também.

Não imagino minha vida sem minhas três filhas. Não poderia ser diferente, de jeito nenhum. Gosto da casa cheia, animada, com música tocando, videogame e brincadeiras rolando e muita conversa.

Há sete meses, foi Andrea quem passou a experimentar essa alegria. E que mãe linda e dedicada que ela é.

Hoje, no dia do seu aniversário, sou eu quem recebe os parabéns s pelas três filhas que tenho. E agora, parabéns pela netinha que Dea me deu.

Minhas filhas desejo a vocês que a vida sempre lhes sorria. Que vocês consigam realizar cada sonho que sonhar. E que eu sempre faça parte de suas vida.