Hoje farei uma postagem diferente, publicando um texto de outra pessoa. O texto, muito bom, fala de alguns dos inúmeros motivos pelos quais os pernambucanos se sentem orgulhosos de sua terra natal. Vamos então dar uma lida neste gostoso texto:
REPÚBLICA DO BOLO DE ROLO
Nada de efeitos do PIB, acordos nucleares fechados na China ou as trapalhadas dos políticos para fixar o salário mínimo em R$ 260.
Hoje vou tratar da mania de grandeza. Piadinha que circula na Internet acusa os pernambucanos de serem os mais megalomaníacos dos brasileiros e estarem no topo de um tal de IGPM (Índice Geral de Pouca Modéstia).
Apesar dos riscos, ignorarei os conselhos do pai do ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel, seu Luiz, que recomendava aos filhos omitirem o fato de serem pernambucanos para não humilhar os colegas. Sei o quanto me custará a revelação, mas não há como negar, sim, eu também sou pernambucana – sem falsa modéstia.
Nunca fomos muitos aqui em Brasília. Somos hoje 41 mil. Ultrapassamos paulistas, cariocas, gaúchos, paranaenses, capixabas, acreanos, paraenses. Perdemos para mineiros, baianos, maranhenses, cearenses e goianos. Mas isso é irrelevante. O curioso mesmo é que fomos os primeiros. Os primeiros, Sim, o pioneiro número um do DF era um pernambucano. Brasília, que hoje se orgulha de ter a população nativa maior do que a de forasteiros, no principio, era genuinamente pernambucana.
Os nascidos aqui representam segundo o IBGE, 57,6% da população. E tudo começou com um Zé de Caruaru. Modéstias às favas, é demais, não? Muitos confundem essa pernambucanidade, esse bairrismo sadio, com mania de grandeza e, portanto, estranham o fato de sermos os únicos aqui a colocar nos carros adesivos da bandeira do nosso Estado e a pôr no celular o hino de Pernambuco, Imortal, Imortal.
Não é verdade que superlativamos tudo. Não é culpa nossa se muita das criações do estado estejam no Livro dos Recordes. O Galo da Madrugada é o maior bloco de carnaval do mundo – conduz 1,5 milhão de pessoas às ruas. A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém é o maior teatro ao ar livre do planeta, e o São João de Caruaru – está no Guiness Book – é o maior do universo. O Diário de Pernambuco é o mais antigo jornal em circulação da América Latina.
Motivos não nos faltam, talvez nos falte certa dose de humildade, mas nem o pernambucano consegue ser perfeito.
A nossa extensa lista de vantagem não terminou: a maior avenida do país, a Caxangá, fica no Recife. O Santa Cruz, meu glorioso time, fez o primeiro artilheiro nordestino do campeonato brasileiro, Ramon, nos idos de 1973. Estudo da Fundação Getúlio Vargas – que aponta as características econômicas de cada região – mostra que somos os mais eficientes no comercio (influencia dos holandeses?).
Ah, a primeira sinagoga da América Latina fica no Recife.
Vá lá: Somos os primeiros também em campeonatos que não orgulham ninguém. Recife lidera o desemprego no país e abriga o maior polígono de maconha do mundo.
A primeira emissora de rádio da América Latina, a rádio Clube, tinha como slogan: Pernambuco falando para o mundo. De onde vem isso, minha gente? Seu Luiz tinha mesmo razão. Melhor deixar quieto. Ah, ia quase me esquecendo: o primeiro operário a chegar à Presidência também é pernambucano. Sim, aquele tal do espetáculo do crescimento...
Ana Dubeux – Reportagem publicada no Correio Braziliense em 30.05.2004
Saudações Pernambucanas!!!
E aí, sete anos depois, peço licença a Ana, para acrescentar só mais umas coisinhas que justificam o nosso ORGULHO EM SER PERNAMBUCANO.
Por exemplo, atualmente, Pernambuco é o estado que mais cresce no Brasil. O crescimeno de seu PIB foi maior que o do País.
Nossa cozinha é rica em pratos típicos como o nosso famoso bolo de rolo. QUem come uma fatia, se apixona e nunca mais deixa de querer comer.
Nossas frutas são muito saborosas. A nossa pitomba é uma delícia à parte.
Você já viram em outro estado do Brasil as pessoas vestiram "literalmente" a camisa de onde nasceu? Aqui, além de tudo que Ana fala em seu texto, ainda vestimos a bandeira do estado, mesmo morando aqui. Porque pernambucano pra sentir orgulho de sua terra não precisa morar fora não.
Nossa cozinha junina é tão saborosa que é impossível se pensar em dieta diante de uma canjica molinha, uma pamonha cremosa ou um pé de moloque ligadinho.
E o frevo heim? Como é linda e difícil a sua coreografia. Não é pra qualque rum não!
Que nos desculpem os demais compatriotas, mas, nascer em pernambuco é realemnte um privilégio.
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