domingo, 23 de outubro de 2011

MÃE: PROTETORA OU OPRESSORA?

Assistindo a um vídeo que uma de minhas filhas enviou e que coloco o link abaixo, fiquei olhando, enternecida, a mamãe gata que aconchegava seu filhote e de como essa imagem encantou a milhares de pessoas.

Pois é, mãe é mãe em qualquer espécie, racional ou não. Mãe quer proteger a cria, apertar nos braços e não deixar que o mundo lhe faça nenhum mal.

Quer entrar nos pesadelos dos filhos e botar pra correr os monstros que os assombram. Se felicidade, amor e alegria se vendessem, as mães comprariam um estoque enorme para que nunca faltasse aos seus rebentos um segundo sequer.

Mas não se vendem, não se encontram ao virar a esquina, nem se pode colher de nenhuma árvore.

E aí as mães viram essas feras enlouquecidas, querendo fazer milagre, contanto que os filhos não sofram.

Como a mamãe do vídeo, se pudéssemos, abraçaríamos nossos filhos sempre que estivessem tristes, angustiados, sofrendo e, com esse abraço, faríamos com que toda a dor desaparecesse, fosse física, fosse sentimental.

Tenho certeza que todo mundo que assistiu a esse vídeo se encheu de ternura, talvez até com lágrimas nos olhos, tenham achado lindo o aconchego de mãe e filho.

Mas daí, a pergunta: porque no dia a dia, as mães humanas nem sempre são vistas por seus filhos com bons olhos? Por que alguns filhos se apavoram com a presença da mãe entre seus amigos?

Não sou nenhuma especialista em mãe ou em comportamento materno. Tenho três filhas que, ao lado de meu marido, eduquei da forma que julguei correta. Afinal, nenhuma das três veio com manual de instruções. Então, só nos coube agir de acordo com a nossa formação e a nossa perspectiva diante da vida.

Mas, me atrevo a arriscar um comentário despretensioso. Porque não quero e nem sou dona da verdade.

Pois bem, acho que existe uma linha muito tênue, que é o limite entre o carinho, o cuidado, a proteção e a opressão. Podemos ser mães amorosas, cuidadosas, carinhosas, sem, no entanto, sufocar nossos filhos. Podemos lhe entregar o agasalho por achar que vai esfriar, sem cometer o exagero de que ele use cachecol e luvas em pleno inverno nordestino, por exemplo.

“Nossos filhos não são nossos filhos, são os filhos do amanhã”, já dizia Gibran. Por isso, não podemos criá-los como se fossem nossa propriedade, porque não são.

Por isso precisamos saber a medida exata entre a hora de puxar pra junto e aconchegar e a hora de levá-los até a porta e desejar-lhes felicidades em seu voo solo.

Querer saber notícias, como andam as coisas, isso é saudável e natural. Eu mesma quero estar sempre por dentro da vida das minhas filhas, participar de suas conquistas, tristezas e alegrias.

Mas, não posse atravessar a linha que invade a privacidade delas para dar aqueles pitacos que a gente acha que são a salvação da pátria. Podem até ser. Mas não temos o direito de querer que nossos filhos tomem as decisões que queremos e não a que eles querem.

Por isso, ao ver aquela mamãe gata tão protetora com seu filhote, lembrei que ela o protegerá até o momento que for preciso. QUadno chegar a hora dele ir embora, ela o deixará partir tranquilamente, pois sabe que ele precisa construir a sua própria vida.

Protetora? Sim, sempre. Opressora, jamais.

https://www.facebook.com/video/video.php?v=249652958418747

sábado, 1 de outubro de 2011

REPÚBLICA DO BOLO DE ROLO

Hoje farei uma postagem diferente, publicando um texto de outra pessoa. O texto, muito bom, fala de alguns dos inúmeros motivos pelos quais os pernambucanos se sentem orgulhosos de sua terra natal. Vamos então dar uma lida neste gostoso texto:

REPÚBLICA DO BOLO DE ROLO

Nada de efeitos do PIB, acordos nucleares fechados na China ou as trapalhadas dos políticos para fixar o salário mínimo em R$ 260.

Hoje vou tratar da mania de grandeza. Piadinha que circula na Internet acusa os pernambucanos de serem os mais megalomaníacos dos brasileiros e estarem no topo de um tal de IGPM (Índice Geral de Pouca Modéstia).

Apesar dos riscos, ignorarei os conselhos do pai do ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel, seu Luiz, que recomendava aos filhos omitirem o fato de serem pernambucanos para não humilhar os colegas. Sei o quanto me custará a revelação, mas não há como negar, sim, eu também sou pernambucana – sem falsa modéstia.

Nunca fomos muitos aqui em Brasília. Somos hoje 41 mil. Ultrapassamos paulistas, cariocas, gaúchos, paranaenses, capixabas, acreanos, paraenses. Perdemos para mineiros, baianos, maranhenses, cearenses e goianos. Mas isso é irrelevante. O curioso mesmo é que fomos os primeiros. Os primeiros, Sim, o pioneiro número um do DF era um pernambucano. Brasília, que hoje se orgulha de ter a população nativa maior do que a de forasteiros, no principio, era genuinamente pernambucana.

Os nascidos aqui representam segundo o IBGE, 57,6% da população. E tudo começou com um Zé de Caruaru. Modéstias às favas, é demais, não? Muitos confundem essa pernambucanidade, esse bairrismo sadio, com mania de grandeza e, portanto, estranham o fato de sermos os únicos aqui a colocar nos carros adesivos da bandeira do nosso Estado e a pôr no celular o hino de Pernambuco, Imortal, Imortal.

Não é verdade que superlativamos tudo. Não é culpa nossa se muita das criações do estado estejam no Livro dos Recordes. O Galo da Madrugada é o maior bloco de carnaval do mundo – conduz 1,5 milhão de pessoas às ruas. A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém é o maior teatro ao ar livre do planeta, e o São João de Caruaru – está no Guiness Book – é o maior do universo. O Diário de Pernambuco é o mais antigo jornal em circulação da América Latina.

Motivos não nos faltam, talvez nos falte certa dose de humildade, mas nem o pernambucano consegue ser perfeito.

A nossa extensa lista de vantagem não terminou: a maior avenida do país, a Caxangá, fica no Recife. O Santa Cruz, meu glorioso time, fez o primeiro artilheiro nordestino do campeonato brasileiro, Ramon, nos idos de 1973. Estudo da Fundação Getúlio Vargas – que aponta as características econômicas de cada região – mostra que somos os mais eficientes no comercio (influencia dos holandeses?).

Ah, a primeira sinagoga da América Latina fica no Recife.

Vá lá: Somos os primeiros também em campeonatos que não orgulham ninguém. Recife lidera o desemprego no país e abriga o maior polígono de maconha do mundo.

A primeira emissora de rádio da América Latina, a rádio Clube, tinha como slogan: Pernambuco falando para o mundo. De onde vem isso, minha gente? Seu Luiz tinha mesmo razão. Melhor deixar quieto. Ah, ia quase me esquecendo: o primeiro operário a chegar à Presidência também é pernambucano. Sim, aquele tal do espetáculo do crescimento...

Ana Dubeux – Reportagem publicada no Correio Braziliense em 30.05.2004

Saudações Pernambucanas!!!

E aí, sete anos depois, peço licença a Ana, para acrescentar só mais umas coisinhas que justificam o nosso ORGULHO EM SER PERNAMBUCANO.

Por exemplo, atualmente, Pernambuco é o estado que mais cresce no Brasil. O crescimeno de seu PIB foi maior que o do País.

Nossa cozinha é rica em pratos típicos como o nosso famoso bolo de rolo. QUem come uma fatia, se apixona e nunca mais deixa de querer comer.

Nossas frutas são muito saborosas. A nossa pitomba é uma delícia à parte.

Você já viram em outro estado do Brasil as pessoas vestiram "literalmente" a camisa de onde nasceu? Aqui, além de tudo que Ana fala em seu texto, ainda vestimos a bandeira do estado, mesmo morando aqui. Porque pernambucano pra sentir orgulho de sua terra não precisa morar fora não.

Nossa cozinha junina é tão saborosa que é impossível se pensar em dieta diante de uma canjica molinha, uma pamonha cremosa ou um pé de moloque ligadinho.

E o frevo heim? Como é linda e difícil a sua coreografia. Não é pra qualque rum não!

Que nos desculpem os demais compatriotas, mas, nascer em pernambuco é realemnte um privilégio.