Em um momento elas são frágeis, pequeninhas e nos olham com
aqueles olhinhos cheios de inocência e amor. Sim, amor. Porque acredito que a
primeira relação de amor de todo ser humano é com sua mãe, ali, no quentinho e
aconchegante útero. É sabido que quando nasce, ouvir a voz da mãe acalma o
bebê, por lhe ser familiar. Então acredito que este amor é realmente o mais
antigo na vida de qualquer pessoa.
Daí aquele pequeno e frágil ser vai crescendo e, em um
piscar de olhos, se torna uma pessoa adulta, que decide os rumos de sua vida e
vai, mundo afora, construir o seu futuro.
Mas, para as mães, os filhos nunca crescem. São sempre
pequenos e precisando de seus cuidados. Aí,
um belo dia, de repente, você recebe a notícia: o seu bebê vai ter um bebê!
Como assim? Quando foi que meu bebê cresceu?
Daí você fica sem saber exatamente o que fazer ou o que
dizer. E tudo o que consegue é chorar, de tanta emoção e alegria que a notícia
lhe traz. Aquele bebê que você cuidou com tanto carinho, com tanto amor, agora
terá o seu próprio bebê para cuidar.
Então lhe vem à mente todas as lembranças, desde o dia que
soube o resultado do exame, das flores que recebeu do entusiasmado pai e a
confirmação de que estava grávida. Vem à lembrança a gravidez, a curtição dos
chutes, a expectativa se seria menino ou menina, e emoção da primeira vez em
que segurou seu bebê nos braços. Passei por este momento três vezes e digo que
os três foram únicos e maravilhosos.
Ser mãe, para mim, é o maior presente que a vida me deu. E
tive o privilégio de receber este presente por três vezes. E, agora, um dos
meus bebês vai ter o seu próprio bebê. E a emoção de saber que serei avó é tão
grande que fica difícil descrever.
Que seja muito bem vindo este bebê que irá trazer muita
alegria à nossa família. Que seja forte, saudável e que tenha certeza que será
sempre cercado de muito amor.