sexta-feira, 9 de setembro de 2016

DESVENTURAS FOR A DE SÉRIE - 18

DE COMO CONVERSAR E ACESSAR BANCO NÃO COMBINA OU A SAGA DO DESBLOQUEIO DE UMA SENHA



Sabe aqueles dias em que o universo parece conspirar contra você? Pois é, ontem parece ter sido um desses dias. Na verdade tudo começou na noite de terça-feira quando fui fazer um pagamento para minha mãe e digitei a minha senha em lugar da dela, em sua conta. E, por três vezes apareceu a mensagem dizendo que a senha ou a conta estavam erradas e eu insisti na minha senha até que consegui bloquear a senha da conta da minha mãe.

Claro que fiquei aperreada, mas como o vencimento era 7, eu poderia pagar no dia 8, sem problema, devido ao feriado. Ontem pela manhã, fui a um caixa eletrônico do banco tentar desbloquear a senha e, depois de fornecer todas as informações pedidas, uma surpresa desagradável: uma mensagem manda colocar a digital. Claro que eu não podia colocar a digital né? Saí de lá mais agoniada ainda por não ter conseguido resolver.

Na casa da minha mãe soube de duas coisas: primeiro que ela nunca cadastrou a digital e, segundo, que eu poderia ter procurado outro caixa que não utilizasse biometria e usar a senha. Hunf hunf... carinha de contrariada por não saber dessas informações.

Na volta fui de novo ao caixa eletrônico e saí desbloqueando todas as senhas que estavam bloqueadas. Claro que desbloqueei tudo, menos a da internet. Ao chegar em casa pude ver isso, com mais surpresa ainda.
Hoje, dia 8, fui novamente a uma agência do banco e, desta vez, disposta a resolver o pagamento de qualquer forma, conseguindo ou não desbloquear a tal senha.


A primeira coisa que observei foi que, dos dez ou doze caixas eletrônicos, apenas 4 estavam livres. Maravilha. Só que estavam livre por um pequeno detalhe: não estavam funcionando. Beleza, vamos à fila. Pequena. Mas, uma fila.

Primeiro tentei pagar através da conta da minha mãe. Descobri, alegremente, que a senha do cartão não estava mais bloqueada. UHUUU. Mas, depois de preencher todas as informações , colocar senha, nome de pai, de mãe, etc etc, aparece a mensagem: o valor do documento excede o limite diário deste canal. Ok.

Então vamos fazer o seguinte, transfiro o dinheiro para a minha conta e pago através dela. Beleza. Já fiz isso outras vezes. Quando vou fazer a transferência do dinheiro, novamente aparece uma “simpática” mensagem: esse valor excede o limite permitido nesse canal.

Ok, sem problema. Tenho mesmo a manhã inteira para fazer isso. Esqueci de mencionar que, graças à VIVO, fiquei sem internet e telefone fixo. E tudo que consegui foi ouvir instruções repetitivas que não resolveram o problema. Mas, voltemos ao foca. Saio da conta da minha mãe, entro na minha e vou realizar o pagamento, para, pelo menos, resolver uma parte do problema. Daí faço todo o procedimento, blá blá, blá e o que acontece? Tenho certeza que você já adivinhou: o valor excede o limite ... patati patatá. E daí fiquei sabendo, a duras penas, que os limites de pagamento e transferência são diferentes para cada canal. Ou seja, se você paga normalmente na internet, não quer dizer que possa pagar no caixa eletrônico. E, como nunca uso caixa eletrônico para nada, não sabia disso. Mais uma informação desagradável. Mas, chateação também é cultura. Né?

Ok, você venceu! Mas não pegue batata frita. Não merece. E aí saio da minha conta, volta à conta de minha mãe, transfiro para a minha o que o limite permite e vou desbloquear a tal da famigerada senha da internet, de novo. Ao final da operação aparece uma mensagem dizendo que foi um sucesso e que a senha da internet está desbloqueada. Beleza.

Volto pra casa, ansiosa por efetuar o pagamento e testar se realmente a senha estava liberada. Sim porque a gerente disse a minha mãe que se eu não conseguisse desbloquear no caixa eletrônica a miha mãe, de 88 anos e com dificuldade de locomoção teria que ir pessoalmente ao banco. Isso porque a procuração por tempo indeterminada que minha mãe passou para a minha irmã no cartório, o banco só vale por dois anos. Vá entender o que significa tempo indeterminado para o banco.

Enfim, chego em casa, ligo o computador, abro o site do banco e... aparece a mensagem: sem conexão com a internet. Claro, ainda não voltou a bendita internet. Ok. Mas ainda bem que o meu celular não é da Vivo e sim da TIM e a 3G funciona direitinho. Uso o celular como ponto portátil, gastando meu limite para quando estivesse fora de casa, mas enfim, consigo efetuar o pagamento e em seguida, constato que, finalmente, consegui desbloquear a senha e a minha mãe não terá que se deslocar até o banco para resolver uma coisa que deveria ser tão simples quanto desbloquear uma senha.

E, entre mortos e feridos, escaparam todos. Menos a internet que, apesar de ser da Vivo, continua completamente morta. E, para postar esse texto no meu blog, vou ter que esperar a internet voltar. O que, com certeza, só acontecerá amanhã. Fazer o que?


quarta-feira, 20 de julho de 2016

COM MUITO CARINHO PARA TODOS OS MEUS AMIGOS

"Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância, digam não..." (Milton)



Dizem que os amigos são os irmãos que o coração escolheu ou que amigo é alguém com quem se pode pensar em voz alta. O que posso dizer sobre meus amigos? Tanta coisa que não caberia aqui. 

Sou uma pessoa privilegiada, pois tenho muitos amigos que são os irmãos do coração, com quem conto todas as horas, com quem divido os pensamentos, as alegrias e as tristezas. Tenho amigos sérios e brincalhões; outros que envelheceram antes do tempo ou ainda uns que esqueceram de envelhecer. 

Tenho amigos religiosos e ateus. De esquerda e de direita. Tenho amigas há mais de 50 anos e outros que acabei de conhecer. Tenho amigos que adoram música e outros nem tanto. Tenho amigos que gostam de jogos de tabuleiro, videogame ou RPG. E outros que detestam qualquer tipo de jogo. Tenho amigos que adoram serenatas e cantorias e outros que preferem apenas se encontrar para conversar.

Parece impossível de se acreditar, mas tenho amigos que não gostam de Chico Buarque ou dos Beatles. Fazer o que?

Tenho três amigas muito especiais que, mais do que filhas, são minhas grandes amigas.

Seja cantando e curtindo serenatas, jogos, política ou atividades relacionadas à religião, seja para coisas sérias ou brincadeiras, para comemorações ou superações, meus amigos são todos maravilhosos e queridos, apesar de todas as diferenças. Afinal o que seria do azul se todos gostassem do amarelo? 

Uma vez, uma de minhas amigas muito querida, Teca Poças, me deu esse texto que eu coloco abaixo e que, para mim, define como devem ser os amigos.

Loucos e Santos 

 Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. 

 A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. 

 Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. 

 Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. 

 Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. 

 Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. 

 Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.

 Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.

(Autor desconhecido)