sábado, 30 de novembro de 2013

VICTÓRIA, SEJA BEM VINDA

Foram meses de expectativa para saber se seria menino ou menina. E, quando tivemos a alegria de saber que era uma menina, mais algum tempinho aguardando a escolha do nome. Achei muito importante os pais escolherem com cuidado o nome de nossa princesinha. Afinal, carregamos o nome por toda vida e ele precisa ser, realmente, escolhido com calma e sabedoria.

E aí, chegou o dia de nossa princesinha receber seu nome, um nome bonito, forte e que por si só, já traduz todo o seu significado: VICTORIA.

E daí, em lugar de falarmos bebezinha, a bebê, bruguelinha, ela passou a ter a sua própria identidade.
Estamos na espera de sua chegada, ansiosos por conhecê-la, por ver sua carinha, seus olhinhos, mãozinhas, cabelos. Ficamos imaginando com ela será, qual será a cor dos olhos, se nascerá com muito ou pouco cabelo. Praticamente, todas as noites, sonho com bebês. Engraçado como as nossas expectativas ficam aflorando e nos surpreendendo.

Demorarei um pouco a conhecer Victoria. A distância não facilita nada, não é mesmo? Daí, ficamos por aqui fazendo planos para quando ela vier nos conhecer, torcendo par ao tempo passar bem depressa até lá e, quando ela chegar, se acalmar e passar bem devagar.
A distância será sempre cruel com a gente, nos separando por milhares de quilômetros. Mas, tenho a mais absoluta certeza de que, por maior que seja, nunca será suficiente para separar os nossos corações.


Victoria que você venha coberta de amor para encher de alegria o nosso coração. 

BEM VINDA NO MEU CORAÇÃO!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

É UMA MENINA E ELA ESTÁ QUASE CHEGANDO!

Saber que vamos ser avós é uma emoção muito grande, difícil de ser descrita. Acredito que só será superada quando vir, pela primeira vez, o rostinho daquela que vem para iluminar e alegrar a nossa família.


Entrando na 28ª semana de gestação, o bebê começa a crescer mais rapidamente e, ao pensar, nisso fico imaginando como será o seu rostinho. De vez em quando me pego olhando para bebês que passam e suspiro, imaginando ter a netinha nos braços, sorrindo e fazendo biquinho.

Quando passou em lojas, a minha atenção sempre é voltada para roupas de bebê, sapatinhos, vestidinhos. Como pode a chegada de um bebê mexer tanto com a gente?

E, mesmo de longe, acompanho cada passo da gestação de minha filha, cada novidade, cada chute, cada nova sensação e inconvenientes, como azia, por exemplo. Diz a lenda que azia é sinal de bebê cabeludo. Bem, comigo deu certo. Eu tive muita azia em minha primeira gestação e a minha filha nasceu muito cabeluda. Então, não posso contradizer a lenda.

Ao chegar ao último trimestre de gravidez, as coisas ficam mais animadas, com o bebê chutando com mais frequência, mas também ficam mais complicadas, com o peso da barriga aumentando, a vontade de ir ao banheiro sempre e a ansiedade em relação à hora do nascimento e ao fato de sermos ou não capazes de cuidar de um bebê. Como eu curtia os chutes! Ficava aguardando ansiosamente estes momentos, para sentir meu bebê fazer as suas “estripulias”. Sentia como se nos comunicássemos mais naqueles momentos. Os chutes eram para mim uma espécie de linguagem de sinais. E, acreditem, depois do parto, eu sentia falta daquela movimentação toda na minha barriga.

Eu lembro que quando estava no final da primeira gravidez batia, de vez em quando, um medo do momento do nascimento. Seria tão doloroso quando dizem? Seria normal, seria cesárea? O desconhecido é mesmo assustador. Mas daí eu pensava: tem outro jeito? Não. O Bebê vai nascer mesmo, não tem volta. Então deixava os temores de lado e seguia e frente, afastando o medo e sonhando com o momento de ter o bebê em meus braços.

Outras vezes, ainda na primeira gravidez,  pensava em não conseguir dar banho em um serzinho tão frágil, em não saber amamentar ou reconhecer quando estivesse sentindo alguma dor. Mas, todas as dúvidas, todos os temores se foram, no primeiro momento que segurei minha filha em meus braços. Vermelhinha, fartos cabelos escuros e olhinhos muito vivos, me passou toda a segurança que eu precisava. É claro que os primeiros banhos foi a minha mãe quem deu. Só por garantia. Mas cuidar de um bebê faz parte da natureza de qualquer mãe, seja biológica, seja de coração. É genético, não tem como ser diferente.

Cada filho é diferente e a maneira de educar pode precisar até ser diferente também. Mas, os cuidados, o carinho, estão impregnados em cada mulher que decide ser mãe, mesmo que muitas não se deem conta disso, às vezes.

Por isso, tenho certeza que a minha filha será uma excelente mãe. Não me preocupo nem um pouco se ela vai ou não dar conta porque tenho certeza que vai.  É claro que os conselhos da mãe e da avó serão necessários. Afinal, somos mais experientes e, mais do que isso, sentimos a necessidade de ajudar. Mesmo que não seja preciso.

Aproveite cada minuto de sua gravidez minha filha, cada chute, cada movimento, cada novidade. Curta preparar o enxoval, arrumar as roupinhas, o carrinho, o berço. E esperem, com tranquilidade, a chegada dessa menininha já tão amada, tão aguardada. Vocês dois serão pais maravilhosos, tenho a mais absoluta certeza.

E eu serei uma avó coruja e totalmente dominada pela neta, que vai fazer todos os gostos e dar muito carinho. Mas isso você já em mesmo certeza.


sábado, 12 de outubro de 2013

DIA DAS CRIANÇAS

Quando vejo as matérias sobre o movimento nas lojas na compra de presentes para o Dia das Crianças, fico pensando que esse dia poderia ser melhor aproveitado se, em lugar de brinquedos caros e de última geração, todos os pais pudessem dar aos filhos algo muito mais precioso: o seu tempo.
Lembro-me bem das comemorações do Dia das Crianças de minha infância quando saía com meus pais e minha irmã, meus tios e meus primos, para fazermos alguma programação divertida. Não lembro de nenhum presente que tenha ganho nesses dias, mas lembro de como eram legais as nossas saídas, de como nos divertíamos e curtíamos a companhia um dos outros.

Como mãe, é claro, sempre gostei de dar presentes às minhas filhas, procurando descobrir o que mais queriam e, se fosse possível, fazer-lhes a surpresa. Mas o que sempre gostei foi da companhia delas, de curtir com elas, desde o primeiro choro, o primeiro dentinho, os primeiros passos, às conquistas maiores.

Participar da vida dos filhos, acompanhar de perto o seu desenvolvimento, inclusive na escola, é muito mais importante do que qualquer presente. Podem ter certeza.

Nunca perdi reunião de pais e mestres, apresentações, abertura de jogos. Documentava tudo, as dancinhas, os jogos, os desfiles, as peças. E observava o sofrimento das crianças cujos pais não estavam presentes, muitos por força do trabalho, mas também outros por falta de interesse mesmo. Conheci pais que só tomavam conhecimento das notas dos filhos quando eles já estavam nas provas finais ou no conselho de classe.

Ter filho não é obrigação, é opção. Quando se coloca uma criança no mundo, é para toda a vida, não é descartável, não se guarda no armário quando está sem paciência ou sem disposição. Portanto, faz parte do pacote dar atenção, assistência, dedicação e interesse pela vida daquele pequeno ser, cuja formação vai depender de quem os cria.

Não devemos delegar a ninguém o privilégio de educar uma criança, de contribuir para formar um cidadão, uma cidadã. Vamos tornar cada dia do ano o dia das nossas crianças, dando-lhes todo o amor e todo carinho que tivermos. Vamos forma seres humanos que possam contribuir para melhorar esse mundo tão caótico em que vivemos.

Sejamos crianças com elas, descobrindo a magia de voltar a ser criança e de brincar de bonecas ou carrinhos com os nossos filhos. Ou ainda, preparar uma bacia de pipoca e assistir a um divertido desenho.

Deixemos as crianças serem crianças o máximo de tempo que puderem. Afinal, a infância passa, mas para ser adultos, terão o resto da vida.


Aproveitemos cada dia de nossas crianças dividindo realmente, com elas, o nosso tempo.

domingo, 6 de outubro de 2013

A FÓRMULA PARA SUPORTAR A SAUDADE

Hoje uma amiga, Fátima, me disse que sua filha vai passar uma ano e meio fora do país e me perguntou qual a fórmula para aguentar a saudade.

Olhei para ela e respondi: não sei minha amiga. Depois de cinco anos que a primeira filha foi morar fora e quase quatro anos que a segunda foi também, eu ainda não consegui conviver bem com a saudade. Ainda não conseguimos fazer amizade, mesmo depois de tanto anos de convivência. A sua presença é constante em minha vida e acredite-me, infelizmente, não fica mais fácil à medida que o tempo passa. A saudade não se esforça para ser legal nem para ser amigável. Ela é durona, cruel e nos machuca sempre que aparece. Não minha amiga, não tem chance de uma boa convivência com ela.

Quando elas estavam para ir embora eu não queria pensar no assunto, para não sofre por antecipação. E, me iludia, achando que, se eu superasse os primeiros meses, depois me acostumaria.

Mas, a verdade é que, depois de todos esses anos, ainda não me acostumei. Porque minha amiga, se acostumar com a ausência não é uma tarefa fácil. Não é fácil conviver, no dia a dia, com as camas e os lugares na mesa sempre vazios. Com os almoços menores nos finais de semana.

Não venham me dizer que falar todos os dias na internet é a mesma coisa. Nada pode substituir um abraço apertado, um beijo na bochecha, uma passada de mão nos cabelos. A internet ajuda, claro, a manter contato, a saber as notícias em tempo real. Mas nunca vai substituir a presença.

Quando o coração fica muito apertado e um nó enorme sufoca a garganta, penso em como elas estão bem, felizes, morando em um lugar melhor do que aqui, com segurança, saúde, transporte público de qualidade, bons empregos, educação para os filhos ... tudo tão importante e, ao mesmo tempo, tão pequeno quando o preço a se pagar por isso é a distância.

Embora seja o curso natural da vida os filhos crescerem e deixarem o ninho, quando voam para muito distante, não existe, minha amiga, nem uma fórmula nem uma medida certa para nos consolar.
Tem dias melhores, quando estamos em contagem regressiva para a chegada delas. Tem dias piores, logo depois que vão embora. Tem dias onde a saudade dói tanto que parece que o nosso peito vai arrebentar, tem dias que ela se comporta e não nos sufoca e a gente até consegue passar o dia inteiro sem chorar. Tem lágrimas e sorrisos, ansiedade e esperança. E, misturado a tudo isso, um amor enorme que só queria chegar perto e nunca mais se afastar.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

MEU BEBÊ VAI TER BEBÊ

Em um momento elas são frágeis, pequeninhas e nos olham com aqueles olhinhos cheios de inocência e amor. Sim, amor. Porque acredito que a primeira relação de amor de todo ser humano é com sua mãe, ali, no quentinho e aconchegante útero. É sabido que quando nasce, ouvir a voz da mãe acalma o bebê, por lhe ser familiar. Então acredito que este amor é realmente o mais antigo na vida de qualquer pessoa.

Daí aquele pequeno e frágil ser vai crescendo e, em um piscar de olhos, se torna uma pessoa adulta, que decide os rumos de sua vida e vai, mundo afora, construir o seu futuro.

Mas, para as mães, os filhos nunca crescem. São sempre pequenos e precisando de seus cuidados.  Aí, um belo dia, de repente, você recebe a notícia: o seu bebê vai ter um bebê! Como assim? Quando foi que meu bebê cresceu?

Daí você fica sem saber exatamente o que fazer ou o que dizer. E tudo o que consegue é chorar, de tanta emoção e alegria que a notícia lhe traz. Aquele bebê que você cuidou com tanto carinho, com tanto amor, agora terá o seu próprio bebê para cuidar.

Então lhe vem à mente todas as lembranças, desde o dia que soube o resultado do exame, das flores que recebeu do entusiasmado pai e a confirmação de que estava grávida. Vem à lembrança a gravidez, a curtição dos chutes, a expectativa se seria menino ou menina, e emoção da primeira vez em que segurou seu bebê nos braços. Passei por este momento três vezes e digo que os três foram únicos e maravilhosos.

Ser mãe, para mim, é o maior presente que a vida me deu. E tive o privilégio de receber este presente por três vezes. E, agora, um dos meus bebês vai ter o seu próprio bebê. E a emoção de saber que serei avó é tão grande que fica difícil descrever.


Que seja muito bem vindo este bebê que irá trazer muita alegria à nossa família. Que seja forte, saudável e que tenha certeza que será sempre cercado de muito amor.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Sobre a Saudade

 Por ASSUERO GOMES


A saudade às vezes pesa demais, pois nem sempre é só cinzas ou papel desbotado, nem música nem olhar; às vezes corta ou apunhala traiçoeira, como uma palavra inesperada num momento inoportuno.
Pode ser sutil ou atrevida, inconstante ou perpétua, mas lateja, arde e queima, devagarzinho assim como quem não chega, chegando, no inverso universo do espelho onde quem parte está voltando e quem vai chega, mas quem chega já partiu.

A saudade às vezes pesa tanto que tem que se dividir com alguém, uma saudade partilhada, para se sobreviver. Um vento que sopra contra a face pode trazê-la, numa tempestade ou num acalanto. Mantêm-se incógnita por muito tempo, assim latente e como um peregrino que chega ao seu destino se inflama em transe e bate no dorso como a ponta do suplício. Dói, como dói, entre partidas definitivas ou entre lapsos de tempos vazios de espera.
Saudade é a presença ausente, é o desafeto do afeto, é a dor doída e a lágrima retida.

A saudade é irmã fatal da solidão, como nesse depoimento colhido entre lágrimas secas:
“... e a solidão era tanta que eu perguntei a ela qual o momento no qual estivéramos mais unidos. Ela abanou a cabeça como se não soubesse ou como se não importasse. Eu lembrei então de toda nossa trajetória juntos. Havia se passado uns bons cinquenta anos, talvez cem, ou a eternidade, talvez trinta para não exagerar, mas é porque quando se está só, o tempo se torna turvo.

Continuei falando sozinho, como se não houvesse mais ninguém na sala, nem no quarto. E realmente havia?
A ironia é que depois de muito pensar, descobri que o momento em que estivemos mais unidos, foi no momento da separação, um pouco depois do natal, quando deixamos nosso filho e voltamos sozinhos para o outro lado. Escondíamos nosso choro silencioso um do outro e dele. Foi uma cumplicidade extrema e ela, a solidão, e eu, jamais fomos os mesmos a partir daí. Por mais que nos aproximássemos ela se afastava e eu também ...” Ou ainda: “ sempre nos restará os momentos que passamos juntos, esses ninguém nos poderá roubar”.

Há saudades suaves, mornas, tênues, que acariciam nosso coração. São lembranças de um tempo que não retorna, são momentos que pareciam tão insignificantes, gestos banais, lugares comuns, guardados amiúde, perfumes fugazes, e agora retornam para nos consolar. Saudade de pessoas que nos fizeram bem, que foram como anjos de almíscar que deixaram suas impressões benéficas nas nossas vidas e seguiram em frente.

A saudade preenche os espaços vazios dos corpos celestiais e dos nossos, é a sabedoria do sentir, o consolo do desespero, enfim, a saudade é tão humana, tão humana, que move nossos corações e destinos para o Criador.

Assuero Gomes é Médico e escritor.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

FASE VEM, FASE VAI, SAUDADE FICA



A vida é muito interessante, feita de fases, que chegam, passam, se repetem mais adiante com outras pessoas, com nuances diferentes, aqui e ali, em um ciclo que segue sempre em frente.
Nascemos, crescemos, estudamos, trabalhamos, nos apaixonamos, namoramos, casamos, temos filhos.
Existe algo mais maravilhoso do que ter filhos e cria-los com muito amor? Acompanhar cada choro, cada dentinho, palavras novas, passos hesitantes, primeiro dia na escola, provas, passagem de ano, vestibular, faculdade. Não se repete o ciclo?

Daí vem as paixões, os namoros, as desilusões e os acertos. A gente sofre a cada sofrimento dos filhos, talvez mais do que eles. A gente vibra a cada conquista, a cada alegria, a cada sorriso. E, de repente, a se pega vivendo mais a vida dos filhos do que a nossa.
Isso é família, o presente que a vida nos dá para tomarmos conta e ensinar a viver.
Quando os filhos ficam adultos e passam a viver por conta própria, o ninho fica vazio e a gente precisa se reinventar para poder conviver com esta nova fase.

Quando minhas duas filhas mais velhas decidiram ir morar no exterior achei que não ia suportar. Passei momentos tão ruins, de tanta saudade, que achava que o peito ia arrebentar de tanta dor.
Só consegui seguir em frente porque a caçulinha ainda ficou conosco e o ninho não ficou totalmente vazio. Se fosse assim, nem sei como teria sido.
Uma está morando fora há quatro anos e oito meses e a outra há três anos e um mês. Não vou falar os dias se não vão me achar louca. Não eu não conto os dias, só os meses. E daí sempre escuto uma ou outra pessoa falar: “Agora já acostumou não é?”
Não, eu não me acostumei. Sinto falta das duas como se a ida delas fosse recente. Sabem aquela música que já postei aqui: “Eu não existo longe de você,  e solidão é o meu pior castigo,  eu conto as horas pra poder te ver,  mas o relógio tá de mal comigo”... ?

Foi assim no ano passado quando a caçula viajou e passou dois meses fora. O tempo não passava nunca. É assim durante todos os meses do ano em que fico contando o tempo para ver as outras duas de novo, ainda que seja por três semanas. São três semanas intensas, mas durante elas, o relógio passa bem rápido do que deveria. A mais velha passou o natal e o ano novo conosco. A do meio passou o meu aniversário e o de mamãe aqui com a gente. E, vivendo uma nova fase ela ficou noiva e pudemos curtir esta alegria juntas. Foi muito bom. Agora curto a espera de mais um novo momento para a família estar reunida outra vez.

Li esta semana em uma postagem no facebook que “a saudade é um sentimento que não caba no peito escorre pelos olhos”. É assim mesmo esta danada da saudade. 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

DESVENTURAS FORA DE SÉRIE- EPISÓDIO 15

E olha nós, de volta outra vez, com as desventuras fora de série. Desta vez, nas terras geladas europeias.

Nossa menina das terras geladas teve, recentemente mais uma de suas aventuras fora de série. Estavam ela, o namorado e a irmã do namorado voltando de uma festa na casa da outra irmã e precisavam pegar um trem e depois um ônibus para voltaram para a casa dos pais de seu namorado, em uma ilha mais ou menos próxima.

Quando chegaram à estação, ficaram aguardando o último trem da noite, cansados e com muito sono. Enquanto esperavam, uma senhora foi falar com ela. Perguntou para onde eles estavam indo. Explicou que precisava de uma carona da estação final para a ilha, que, por coincidência, era a mesma  que eles estavam  indo. 


O namorado então explicou que tem um ônibus da estação até a ilha. O problema da senhora era o tamanho enorme de sua mala. Para ela seria uma grande dificuldade carregá-la.
O namorado, que é uma pessoa extremamente gentil e educada, carregou a mala da senhora até o trem e depois do trem até o ônibus. A nossa menina e a cunhada iam andando mais devagar, acompanhando os passos da senhora, ajudando-a, inclusive, a subir e a descer do ônibus.

Daí a menina ficou pensando como a senhora iria fazer para ir para casa carregando aquela mala, porque o ônibus só passa pela estrada principal. E, parecendo ler os seus pensamentos, perguntou ao namorado para onde eles iam e propôs que eles descessem antes, com ela, para ajudar com a mala. O carro dela estava estacionado lá e, daí, ela os deixaria em casa.
Um pouco surpresos com a inusitada solicitação, a menina pensou: bem, estamos em um país do primeiro mundo,  em uma pacífica cidade do interior, ela mora na mesma ilha dos pais do namorado... enfim, as chances daquela simpática senhora querer matar os três seriam mínimas. E aí toparam.
Quando chegam ao carro e o namorado coloca a mala nele ela entrega a chaves pra ele ir dirigindo. Só que ele não tem carteira. E a carteira da menina estava vencida.  Chovia bastante e então todos entraram no carro com a senhora ao volante.

Quando ela deu ré para tirar o carro da vaga foi logo subindo a calçada. Puxa aqui, desce ali e ela conseguiu tirar o carro do estacionamento. E então, pé  na tábua. Que pé pesado que a senhora tem! Sem falar no modo que ela dirigia, andando, inclusive, na contramão, pegando a pista errada, em alguns momentos.

Os três iam tremendo no carro, morrendo de medo da forma como a senhora dirigia sem se importar de invadir a outra pista. Isso sem falar na luz alta todo o tempo, mesmo quando, ocasionalmente, passava outro carro. A loucura era tanta que ela dirigia a 80 km, mas a sensação era que estavam pelo menos a  uns 200km. Imaginem uma senhora idosa dirigindo à noite e com chuva, o que tornou a noite ainda mais escura.

Isso sem falar no perigo de atropelar um veado, abundantes na região e que costumam atravessar pela pista. E, enquanto dirigia loucamente, a senhora ainda conseguiu contar toda a história de sua vida.
Foram os 15 minutos mais longos que os três já passaram. Finalmente, a uma da manhã, chegaram em casa. A senhora ainda ficou batendo papo no portão por mais uns dez minutos.
E eles agoniados pra entrar em casa. O namorado e a cunhada estavam brancos, com as pernas bambas, praticamente em  estão de choque, pois, normalmente, a população daquele país é muito assustada com trânsito. Já a menina, acostumada com o trânsito do Recife e com alguns motoristas por aqui, só fazia rir.

Foi uma aventura e tanto mas, no final, tudo acabou bem. Agora, cá entre nós, eu acho que o namorado e a cunhada vão pensar umas três vezes quando alguma senhora oferecer carona outra vez.

Ilustração: Rossana Menezes

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

ETAPA ENCERRADA: PORTA PARA NOVAS ETAPAS



Depois de oito anos trabalhando na Câmara Municipal do Recife, como assessora de comunicação do vereador Josenildo Sinesio, encerro esta etapa da minha vida, com muita tristeza por ele não ter sido reeleito e pela saudade dos colegas e do trabalho. Mas, sobretudo, tristeza por nossa cidade ter perdido, pelo menos nesta legislatura, um representante de primeira linha, comprometido com as necessidades da população. Alguém que realmente sabia ser a voz das reivindicações populares.

Quando aceitei o convite de Josenildo, em janeiro de 2005, confesso que me senti assustada pois era tudo novidade para mim. Sempre fui militante política, desde a minha adolescência, mas nunca havia trabalhado na política, profissionalmente.

O conhecimento de política que adquiri nestes oito anos jamais poderia ter conseguido de outra forma. Enriqueci não apenas o meu currículo, mas, também, a minha vida profissional.

Tive, durante este período, a oportunidade de produzir e apresentar o programa É TEMPO DE SEMEAR, que só me trouxe alegrias e engrandecimento. Foi, sem dúvida, um período muito bom em minha vida profissional.
Encerro esta etapa mais experiente, com mais conhecimento profissional e com mais amigos, sem dúvida. E, a partir de agora, inicio a busca por novos caminhos através dos quais possa iniciar mais uma etapa de minha vida. 

2012 foi um ano difícil, sem dúvida. Não apenas para mim e minha família, eu bem sei. Mas, para nós, particularmente, foi um ano muito complicado, onde os obstáculos se apresentaram de maneira muito frequente.  Mas a vida não é feita de batalhas a serem travadas dia após dia? Vencemos uma muito importante que foi a cura de Sérgio do câncer de próstata.

As outras batalhas estão sendo travadas e serão vencidas em 2013, com toda certeza.  Que cada lágrima derramada em 2012 se transforme em sorriso, todas  as doenças se transformem em saúde e que os momentos alegres sejam tão frequentes  que até fiquemos exaustos de tanto rir.

Que as amizades se fortaleçam e perdurem. Que os amores se solidifiquem. Que sejamos sempre amigos de nossos filhos e que eles sintam prazer e alegria em estar conosco.

Que possamos viver sem ter vergonha de ser feliz, amando, sorrindo e cantando que a vida é bonita, é bonita, é bonita.

E os problemas? Estes sempre existirão. Não tem outro jeito. Mas, como dizia nosso querido Dom Helder: “Quando os problemas são absurdos, os desafios se tornam apaixonantes”.