terça-feira, 15 de janeiro de 2013

DESVENTURAS FORA DE SÉRIE- EPISÓDIO 15

E olha nós, de volta outra vez, com as desventuras fora de série. Desta vez, nas terras geladas europeias.

Nossa menina das terras geladas teve, recentemente mais uma de suas aventuras fora de série. Estavam ela, o namorado e a irmã do namorado voltando de uma festa na casa da outra irmã e precisavam pegar um trem e depois um ônibus para voltaram para a casa dos pais de seu namorado, em uma ilha mais ou menos próxima.

Quando chegaram à estação, ficaram aguardando o último trem da noite, cansados e com muito sono. Enquanto esperavam, uma senhora foi falar com ela. Perguntou para onde eles estavam indo. Explicou que precisava de uma carona da estação final para a ilha, que, por coincidência, era a mesma  que eles estavam  indo. 


O namorado então explicou que tem um ônibus da estação até a ilha. O problema da senhora era o tamanho enorme de sua mala. Para ela seria uma grande dificuldade carregá-la.
O namorado, que é uma pessoa extremamente gentil e educada, carregou a mala da senhora até o trem e depois do trem até o ônibus. A nossa menina e a cunhada iam andando mais devagar, acompanhando os passos da senhora, ajudando-a, inclusive, a subir e a descer do ônibus.

Daí a menina ficou pensando como a senhora iria fazer para ir para casa carregando aquela mala, porque o ônibus só passa pela estrada principal. E, parecendo ler os seus pensamentos, perguntou ao namorado para onde eles iam e propôs que eles descessem antes, com ela, para ajudar com a mala. O carro dela estava estacionado lá e, daí, ela os deixaria em casa.
Um pouco surpresos com a inusitada solicitação, a menina pensou: bem, estamos em um país do primeiro mundo,  em uma pacífica cidade do interior, ela mora na mesma ilha dos pais do namorado... enfim, as chances daquela simpática senhora querer matar os três seriam mínimas. E aí toparam.
Quando chegam ao carro e o namorado coloca a mala nele ela entrega a chaves pra ele ir dirigindo. Só que ele não tem carteira. E a carteira da menina estava vencida.  Chovia bastante e então todos entraram no carro com a senhora ao volante.

Quando ela deu ré para tirar o carro da vaga foi logo subindo a calçada. Puxa aqui, desce ali e ela conseguiu tirar o carro do estacionamento. E então, pé  na tábua. Que pé pesado que a senhora tem! Sem falar no modo que ela dirigia, andando, inclusive, na contramão, pegando a pista errada, em alguns momentos.

Os três iam tremendo no carro, morrendo de medo da forma como a senhora dirigia sem se importar de invadir a outra pista. Isso sem falar na luz alta todo o tempo, mesmo quando, ocasionalmente, passava outro carro. A loucura era tanta que ela dirigia a 80 km, mas a sensação era que estavam pelo menos a  uns 200km. Imaginem uma senhora idosa dirigindo à noite e com chuva, o que tornou a noite ainda mais escura.

Isso sem falar no perigo de atropelar um veado, abundantes na região e que costumam atravessar pela pista. E, enquanto dirigia loucamente, a senhora ainda conseguiu contar toda a história de sua vida.
Foram os 15 minutos mais longos que os três já passaram. Finalmente, a uma da manhã, chegaram em casa. A senhora ainda ficou batendo papo no portão por mais uns dez minutos.
E eles agoniados pra entrar em casa. O namorado e a cunhada estavam brancos, com as pernas bambas, praticamente em  estão de choque, pois, normalmente, a população daquele país é muito assustada com trânsito. Já a menina, acostumada com o trânsito do Recife e com alguns motoristas por aqui, só fazia rir.

Foi uma aventura e tanto mas, no final, tudo acabou bem. Agora, cá entre nós, eu acho que o namorado e a cunhada vão pensar umas três vezes quando alguma senhora oferecer carona outra vez.

Ilustração: Rossana Menezes

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

ETAPA ENCERRADA: PORTA PARA NOVAS ETAPAS



Depois de oito anos trabalhando na Câmara Municipal do Recife, como assessora de comunicação do vereador Josenildo Sinesio, encerro esta etapa da minha vida, com muita tristeza por ele não ter sido reeleito e pela saudade dos colegas e do trabalho. Mas, sobretudo, tristeza por nossa cidade ter perdido, pelo menos nesta legislatura, um representante de primeira linha, comprometido com as necessidades da população. Alguém que realmente sabia ser a voz das reivindicações populares.

Quando aceitei o convite de Josenildo, em janeiro de 2005, confesso que me senti assustada pois era tudo novidade para mim. Sempre fui militante política, desde a minha adolescência, mas nunca havia trabalhado na política, profissionalmente.

O conhecimento de política que adquiri nestes oito anos jamais poderia ter conseguido de outra forma. Enriqueci não apenas o meu currículo, mas, também, a minha vida profissional.

Tive, durante este período, a oportunidade de produzir e apresentar o programa É TEMPO DE SEMEAR, que só me trouxe alegrias e engrandecimento. Foi, sem dúvida, um período muito bom em minha vida profissional.
Encerro esta etapa mais experiente, com mais conhecimento profissional e com mais amigos, sem dúvida. E, a partir de agora, inicio a busca por novos caminhos através dos quais possa iniciar mais uma etapa de minha vida. 

2012 foi um ano difícil, sem dúvida. Não apenas para mim e minha família, eu bem sei. Mas, para nós, particularmente, foi um ano muito complicado, onde os obstáculos se apresentaram de maneira muito frequente.  Mas a vida não é feita de batalhas a serem travadas dia após dia? Vencemos uma muito importante que foi a cura de Sérgio do câncer de próstata.

As outras batalhas estão sendo travadas e serão vencidas em 2013, com toda certeza.  Que cada lágrima derramada em 2012 se transforme em sorriso, todas  as doenças se transformem em saúde e que os momentos alegres sejam tão frequentes  que até fiquemos exaustos de tanto rir.

Que as amizades se fortaleçam e perdurem. Que os amores se solidifiquem. Que sejamos sempre amigos de nossos filhos e que eles sintam prazer e alegria em estar conosco.

Que possamos viver sem ter vergonha de ser feliz, amando, sorrindo e cantando que a vida é bonita, é bonita, é bonita.

E os problemas? Estes sempre existirão. Não tem outro jeito. Mas, como dizia nosso querido Dom Helder: “Quando os problemas são absurdos, os desafios se tornam apaixonantes”.