domingo, 4 de setembro de 2011

DOCES LEMBRANÇAS

É engraçado como algumas coisas disparam lembranças encravadas lá dentro de nossas memórias. Pode ser um perfume, um sabor, uma música, qualquer coisa que nos remeta atempos distantes e, na maioria das vezes, saudosos.

Estava assistindo ao Bom Dia Pernambuco nesta última semana, quando tive a alegria de ver uma querida amiga ser entrevistada, Terezinha Cysneiros, falando sobre o ensino da matemática. E lá estava ela, toda bonita, falando super bem, , sobre esta matéria tão ingrata para alguns (inclusive eu). Como fiquei orgulhosa de vê-la ali, à vontade diante da câmera, falando com tanta desenvoltura e propriedade, como uma respeitada educadora, cuja opinião é tão importante, que foi entrevistada na TV.

Imediatamente mandei uma mensagem para sua irmã, também minha amiga e para ela. E, naquele momento, lembranças da adolescência foram despertadas e como me isso me fez bem.

Éramos vizinhas e tínhamos uma turma de sete amigas: eu, minha irmã Gisa, Terezinha e Ângela,minha prima, também Ângela, Henylda e Beth, amiga de minha irmã e que se tornouamiga nossa também, saia com a gente em nossas incursões noturnas.

Nosso programa era pegar um cineminha ou então lanchar na CHICKEN´S, uma lanchonete que ficava na rua dos Hospício e que era muito frequentada pelos jovens daquele época.

Aliás, vale ressaltar que, naquela época, o cinema mais badalado era o Veneza, também na rua do Hospício.

Nos aprontávamos e, como Terezinha fava aula à noite, ficávamos esperando por ela para podermos ir lanchar. Só que tinha um pequeno detalhe, ela não saia sem antes tomar uma sopinha.

Eram bons tempos, onde seis ou sete moças podiam sair à noite, pelo centro da cidade e nada de mal lhes acontecia.

Às vezes os namorados e amigos se encontravam com a gente no Chicken’s, que, como diz o nome, era especializado em pratos à base de galinha.

A turma fez, inclusive, um cruzeiro de navio, para a Argentina. Foram as seis. Eu não fui. Estava me preparando pra casar e a grana não dava para as duas coisas.
A gente se encontrava umas nas casas das outras, em animados papos, ouvindo música e nos divertindo com as coisas simples que a amizade proporciona.

Daquela gostosa turma, só continuo a ver regularmente a minha irmã. Quanto às outras, nos falamos, de vez em quando, seja por e-mail, seja por telefone, seja nos encontrando, muito raramente, confesso. Muito menos do que gostaria.

Um domingo destes tive a grande alegria de receber a visita de Henylda aqui em casa. A irmã dela moro nomesmo prédio que eu. Vejam que coincidência!
Tenho muita saudade de nossos encontros e tenho certeza que elas também.
Cada uma delas tem um espaço reservado, cativo, em meu coração e um carinho muito grande.

É claro que a rua da Hospício há muito que deixou de ser um local para alegres encontros noturnos de turmas de jovens.
Mas, quem sabe a gente não toma vergonha e este ano faz o tão prometido reencontro? Teremos tanto assunto pra colocar em dia que mesmo que passemos um dia inteiro juntas, não vai ser suficiente.

Pois é, as lembranças são assim:surgem de repente, engatilhadas por um perfume, por um sabor, por uma música, por uma entrevista na TV.
Um beijo pra minhas queridas amigas da turma da Chicken’s e de tantas coisas mais.

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