Entrando na 28ª semana de
gestação, o bebê começa a crescer mais rapidamente e, ao pensar, nisso fico
imaginando como será o seu rostinho. De vez em quando me pego olhando para
bebês que passam e suspiro, imaginando ter a netinha nos braços, sorrindo e
fazendo biquinho.
Quando passou em lojas, a minha
atenção sempre é voltada para roupas de bebê, sapatinhos, vestidinhos. Como
pode a chegada de um bebê mexer tanto com a gente?
E, mesmo de longe, acompanho cada
passo da gestação de minha filha, cada novidade, cada chute, cada nova sensação
e inconvenientes, como azia, por exemplo. Diz a lenda que azia é sinal de bebê
cabeludo. Bem, comigo deu certo. Eu tive muita azia em minha primeira gestação
e a minha filha nasceu muito cabeluda. Então, não posso contradizer a lenda.
Ao chegar ao último trimestre de
gravidez, as coisas ficam mais animadas, com o bebê chutando com mais
frequência, mas também ficam mais complicadas, com o peso da barriga
aumentando, a vontade de ir ao banheiro sempre e a ansiedade em relação à hora
do nascimento e ao fato de sermos ou não capazes de cuidar de um bebê. Como eu
curtia os chutes! Ficava aguardando ansiosamente estes momentos, para sentir
meu bebê fazer as suas “estripulias”. Sentia como se nos comunicássemos mais
naqueles momentos. Os chutes eram para mim uma espécie de linguagem de sinais.
E, acreditem, depois do parto, eu sentia falta daquela movimentação toda na
minha barriga.
Eu lembro que quando estava no
final da primeira gravidez batia, de vez em quando, um medo do momento do
nascimento. Seria tão doloroso quando dizem? Seria normal, seria cesárea? O
desconhecido é mesmo assustador. Mas daí eu pensava: tem outro jeito? Não. O
Bebê vai nascer mesmo, não tem volta. Então deixava os temores de lado e seguia
e frente, afastando o medo e sonhando com o momento de ter o bebê em meus
braços.
Outras vezes, ainda na primeira
gravidez, pensava em não conseguir dar
banho em um serzinho tão frágil, em não saber amamentar ou reconhecer quando
estivesse sentindo alguma dor. Mas, todas as dúvidas, todos os temores se
foram, no primeiro momento que segurei minha filha em meus braços. Vermelhinha,
fartos cabelos escuros e olhinhos muito vivos, me passou toda a segurança que
eu precisava. É claro que os primeiros banhos foi a minha mãe quem deu. Só por
garantia. Mas cuidar de um bebê faz parte da natureza de qualquer mãe, seja
biológica, seja de coração. É genético, não tem como ser diferente.
Cada filho é diferente e a
maneira de educar pode precisar até ser diferente também. Mas, os cuidados, o
carinho, estão impregnados em cada mulher que decide ser mãe, mesmo que muitas
não se deem conta disso, às vezes.
Por isso, tenho certeza que a
minha filha será uma excelente mãe. Não me preocupo nem um pouco se ela vai ou
não dar conta porque tenho certeza que vai.
É claro que os conselhos da mãe e da avó serão necessários. Afinal,
somos mais experientes e, mais do que isso, sentimos a necessidade de ajudar.
Mesmo que não seja preciso.
Aproveite cada minuto de sua
gravidez minha filha, cada chute, cada movimento, cada novidade. Curta preparar
o enxoval, arrumar as roupinhas, o carrinho, o berço. E esperem, com
tranquilidade, a chegada dessa menininha já tão amada, tão aguardada. Vocês
dois serão pais maravilhosos, tenho a mais absoluta certeza.
E eu serei uma avó coruja e
totalmente dominada pela neta, que vai fazer todos os gostos e dar muito
carinho. Mas isso você já em mesmo certeza.
Um comentário:
Se vou dar conta de tudo eu ainda nao sei, acho que essas duvidas sao companheiras de todas as primeiras gestacoes, mas tenho a certeza de que tive o melhor exemplo e estarei sempre me espelhando em uma super mãe :* <3
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