sábado, 21 de maio de 2011

CASAMENTO: A INSTITUIÇÃO ESTÁ EM CRISE?

Li, no começo deste ano, o livro “COMPROMETIDA”, de Elizabeth Gilbert, autora do famoso “Comer, Rezar e Amar”. Apesar de não prender tanto a atenção e de não ser divertido como o primeiro, de uma forma, digamos, instrutiva, ele se torna interessante, apesar de ser escrito de uma maneira um tanto monótona.

Mas, o que o torna interessante é o estudo que ela faz sobre a instituição do matrimônio, em diversas culturas.

À medida que ia lendo sobre as visões, tão diferentes umas das outras, do casamento ao redor do mundo, fui concluindo que, pelo aqui no Brasil, graças a Deus, o casamento, pelo menos em sua maioria, ainda é visto dentro de uma visão romântica, onde o amor é a parte essencial.

Independentemente de ser casamento no civil, sacramento do matrimônio, para os católicos, união estável ou, simplesmente, morar juntos, a vida a dois é difícil, cheia de altos e baixos, mas muito gratificante.

Eu e meu marido comemoramos, nesta sexta, 20, 33 anos de casamento, de matrimônio, enfim, de partilhamento da vida.

Com três filhas, duas das quais morando longe, como todos sabem e, a caçula viajando, achei que teríamos um dia normal, sem grandes surpresas.

Mas, imaginem vocês que, enquanto esperávamos o elevador para irmos trabalhar, ouvimos passos na escada e eis que surge uma amiga das meninas, da família melhor dizendo, com um presente na mão e nos diz:”Estou aqui em nome das meninas para desejar um feliz dia e entregar este presente”. Vejam vocês, mesmo distantes, as três não deixaram passar em branco. Tiveram a preocupação de escolher um livro pela internet, pedir ao amigo, namorado da que trouxe o presente, para comprar e para nos entregarem em nome delas. Não preciso dizer que a emoção tomou conta não é?

Às vezes, quando não estou assim nos meus melhores dias, fico me perguntando se fizemos tudo como deveria ser feito; se criamos nossas filhas da maneira correta; se fomos e se somos um bom exemplo para elas. Mas, basta ler as mensagens que escreveram no dia das mães e o que fizeram, escreveram e falaram sobre o aniversário de casamento, para ter as minhas perguntas respondidas positivamente.

Completar 33 anos de casados está se tornando uma façanha cada vez maior e mais difícil. O dia a dia, a luta pela sobrevivência, as exigências que o mundo faz de cada um de nós, dificultam os relacionamentos.

Ainda esta semana uma amiga, que morou um tempo longe da família, que passou pela experiência da saudade e dar que ela provoca, me disse que cada vez que a saudade apertar e a tristeza começar a doer, eu pense que as minhas filhas estão construindo os seus sonhos, criando as suas próprias famílias e que estão felizes.

Nos emocionamos juntas, enquanto enxugávamos as lágrimas que teimavam em escorregar. Mas também sorrimos, porque a gente que é mãe sabe que, o que realmente importa é que nossos filhos sejam felizes. Ainda que distantes da gente.

Encerramos o dia assistindo a dois shows muito bons, no Manhattan Café, presente de uma amiga, que tive a alegria de conhecer no trabalho e que adotei como filha do coração. O primeiro show, dos Garçons Cantores, nos encantou pela harmonia, pelas belíssimas vozes e pelo repertório excelente. E, fechando a noite, o show da banda Beatles 4 ever, considerada a melhor cover dos Beatles no Brasil. Foi um belo dia, esta sexta-feira. Encerrada com chave de ouro, relembrando grandes sucessos de nossa banda preferida.

Depois de ler tantas histórias sobre casamentos, depois de ver, o dia todo nas TVs, trechos do casamento real do século, sabem o que importa mesmo? A nossa experiência.

Afinal, viver juntos, é como criar filhos, não tem receita, não tem manual de instrução. Tem mesmo é que ter muito amor, muito carinho e uma vontade enorme que dê certo.

Às minhas filhas, ao jovem casal de amigos, portadores do presente, á filhota adotiva e os ingressos para os shows, só temos a agradecer e dizer que o maior presentes de todos foi o carinho de vocês.

3 comentários:

Raquel Santos disse...

Olá... me chamo Raquel, encontrei seu blog a poucos dias e ja adicionei aos meus favoritos... Meus pais tb fizeram esse ano 33 anos de casados em maio, somos tres filhas mulheres e as tres morando distantes (Moro em Montreal, minhas irmas em Recife e Maceió e meus pais em Fortaleza).. eles tb sentem o ninho vazio... mas eles sao o nosso exemplo de vida!
Um abraço
Raquel

Rossana disse...

Mãaaaaaae! Que linda!! Amei! Te amo muito! Saudadeee demais florzinha!

Rejane disse...

Raquel, como fico feliz em saber que você encontrou o blog por acaso e que gostou. E está seguindo. Obrigada. Realmente o Ninho Vazio, ou quase, no meu caso, é um processo doloroso, difícil, mas enriquecedor, quando a gente descobre que as sementes que plantou, estão germinando e florindo.
Um grande beijo pra você.