domingo, 30 de janeiro de 2011

O BRILHO DAS ESTRELAS

Estava falando com minhas filhas no skype quando Ró me pergunta se li o poema que Gra havia dedicado a nós. Supresa respondi que não sabia do que ela estava falando. "Ele postou no twitter, você não viu?"

Não, eu não havia entrado no twitter. Então ela me enviou por e-mail, a postagem:
@rossanamenezes @crolzinha@deamenezes #rejanemenezes esse é pra vcs!!

Entro no blog de Gra e tenho a encatadora surpresa de encontrar o poema CONSTELAÇÕES FAMILIARES, que li com lágrimas escorrendo, de emoção e alegria.

Amigo das meninas há muito tempo, sua amizade chegou até os pais. E, através de uma convivência gostosa, fraterna e carinhosa, acabou sendo adotado, como o filho e o irmão, que nunca tivemos.

Como duas das "irmãs", ele também mora longe, hoje em Macapá. E, é no mês de dezembro que todos se encontram e revivem, ainda que por um breve período, os alegres e animados tempos em que todos eram adolescentes e moravam na mesma cidade: Ró, Dea, Gra e também João Ricardo, outro amigo das meninas também muito querido, que mora já há um tempo em São Paulo e que, da mesma forma, ficou amigo de toda a família. E ainda tem Gabi, outra amiga das meninas, cuja am
izade passou também pra toda a família, que estudou com Dea desde pequena e que hoje mora em Brasília.

E meu querido afilhado Pedro e Babi,sua esposa, os dois filhos de amigos queridos e que por coincidência, se conheceram, se apaixonaram e hoje, casados, moram em São Paulo.

Quando fecho os olhos e lembro da casa cheia, primeiro de crianças, amigoos da escola, do prédio, primos, depois de adolescentes e jovens, abro os olhos e vejos adultos cheios de sonhos, de esperanças, de projetos, indo à luta, construindo o seu futuro.

Agradeço a Deus todos os dias ter vivido momentos assim, tão alegres e ainda poder vivê-los, quando a casa de se enche de alegria com as amigas de Carol. Metida, me misturo a elas para conversar, jogar e rir. Como é bom podermos sempre partilhar das alegrias dos filhos.


Essa é a beleza da vida: não criar barreiras, abrir o coração e se deixar tocar pelas pequenas coisas que tornam a vida mais leve e mais bonita. Tenho pena de mães que sentem alívio quando as férias acabam e os filhos voltam às aulas. Eu, ao contrário, sentia saudade de tê-las por perto todo o tempo.


Ainda agora, atualizando o blog "O Porta-Voz", li, na parte final do artigo de Marcelo Barros a seguinte frase:
"Milton Nascimento tem a música “Bola de Gude, Bola de meia”, na qual canta: “Dentro de mim mora uma criança, um moleque. Quando em mim, o adulto fraqueja, a criança vem e me dá a mão”.

Deve ser por isso que curto tanto esses momentos de bagunça, de jogos, de brincadeira. O adulto que vive em mim está sempre segurando a mão da criança danada de aloprada que também mora aqui.

e, é claro, não posse deixar de falar nos "inferninhos". Apesar de todos morarem por aqui, só nos vemos mesmo no final de ano, mas é sempre muito legal.

Pra vocês deixo o poema que originou este texto saudoso, um pouco melancólico, mas, acima de tudo feliz, porque, afinal de contas, quem brilha mais, se não as estrelas?

CONSTELAÇÕES FAMILIARES

Mais longe e além
Do meu curto abraço
Brilhando no céu
Em cirandas cadentes
Brilham as estrelas
Reluzem, cintilam
Tão nortes, nordestes
E eu tão aquém
Deito, me estico
Cravado no solo
Miro o espaço
Na casa celeste
De onde viemos
E desconcertado
Num sorriso agreste
Me questiono, calado:
Porque tão distantes?

Gracilicano Galdino ( Gra)




Um comentário:

Graciliano Santos disse...

Fico muito feliz mesmo por ter conseguido passar essa coisa tão legal que sinto. Quando escrevi o dito cujo, também me senti muito muito agraciado por ter uma família escolhida a dedo como essa :D

Pra minha sorte tenho duas famílias muito especiais!! \o/